Mise em scène e maquiagem do JN

Já notaram como os apresentadores do Jornal Nacional estão mais descontraídos? Levantam de seus lugares na bancada para interagir, graças a recursos tecnológicos, com correspondentes internacionais, dialogando como se estivessem frente a frente.

Também o cenário mudou, foi modernizado. Ficou elegante. E, de novo, louvo os recursos eletrônicos utilizados.

Agora na essência continua um noticiário rasteiro e tendencioso. Fizeram maquiagem e melhoraram a aparência, mas o conteúdo continua pobre, faccioso e a venda pelo melhor preço.

Será que os números abaixo são corretos? Será esta a razão do jornalismo tendencioso a favor do governo federal? 

Por que, por exemplo, não fazem uma matéria mais aprofundada, investigando e informando para os brasileiros, como vinte mil haitianos conseguem deixar seu pais, que se encontra em estado de miséria, viajando de avião para o Peru e, de lá, ingressam no Brasil, via Acre, de onde são direcionados, com apoio do governo local, para São Paulo e Porto Alegre.

Quem banca esta migração e com que propósito?

Aqui estes haitianos, em sua maioria sem  qualificação profissional, recebem visto de residência, carteira profissional e auxílio financeiro.

Que farão no Brasil, o que estão fazendo? Estão sendo qualificados profissionalmente?  Irão se integrar ao exército do Stédile?

Eu gostaria de saber porquê e como o dinheiro dos impostos que pagamos é investido em haitianos.

Outra matéria que deveria entrar em pauta no JN tem muito a ver com esta acima. Quem sustenta o MST. Quem paga o transporte dos nômades predadores e alimenta aqueles desocupados, vândalos destruidores de patrimônio público e privado, que atentam contra a ciência e o desenvolvimento do país, arrasando plantações e aniquilando laboratórios de pesquisas.

A quem interessam estas invasões? Fala sério, aquela gente quer mesmo trabalhar na lavoura, manejando enxadas e foices para tratar a terra e não mais para ameaçar agricultores e a policia?

Cadê a reportagem da Globo acompanhando o dia-dia daquela gente?  O que fazem as crianças fora das escolas? Estão sendo treinados para guerrilha? Eu acho que sim e como a imprensa que se intitula investigativa não informa, continuo achando que estamos alimentando monstros que quando crescerem um pouco mais irão nos devorar.

Crianças em treinamento

Meu consolo é que também as Organizações Globo serão engolidas com casca e tudo.

Dinheiro não é tudo, há que ter perspectiva de futuro. Os imediatistas não têm visão do horizonte, são míopes e caminham a passos curtos.

E a Globo precisa ouvir os dois lados das histórias para nos informar com equidistância, com isenção, sem parti pris.

Lembram do caso do bailarino da Regina Casé? Toda aquela cobertura, todo o espaço dado a mãe do dançarino DG – Maria de Fátima Silva - para depois ficarmos sabendo, e não pela Globo, que ele não era flor que se cheirasse.

E foi aquele vexame de uma acusando a outra. Acessem e leiam usando os links a seguir.

http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/mae-de-dancarino-morto-critica-regina-case-e-uma-mentirosa-5617

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/bruno-astuto/noticia/2014/11/bregina-caseb-quebra-o-silencio-e-rebate-acusacoes-de-mae-de-dancarino-dg-nas-redes-sociais.html

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/11/regina-case-e-mentirosa-e-cretina-diz-mae-de-dancarino-morto.html

Esta é apenas uma, dentre dezenas de matérias tendenciosas da Globo, que por vezes “dá com os burros n’água”, como se dizia outrora.

E, por último, meu repúdio ao sensacionalismo. Nos últimos cinco dias, em seus noticiários, a Globo exibiu imagens de um homem sendo esfaqueado no centro da cidade, por um bando de jovens marginais.

As imagens são chocantes, deprimentes, assustadoras, e a Globo as exibiu até a exaustão porque chamou a atenção e repercutiu. Será que sob o ponto de vista jornalístico se justificaria a exibição das imagens em todos os seus noticiários e durante tantos dias?

Para mim é sensacionalismo barato.


Nota do editor: as imagens foram colhidas na internet, via Google.