1º de abril - o dia da mentira (dia dos tolos)

Por

Ana Maria Carrano

Assim como dia das Mães, Pais, Mulher e Crianças, para citar apenas poucas efemérides, o Dia dos Tolos é uma tremenda mentira, visto que em todos os dias se mente, neste país e no mundo.

Existem muitas suposições e teorias sobre a origem desta comemoração que, embora muitos confundam, não foi inventada pelo PT.

Alguns entendem que a origem remonta a festas religiosas e pagãs, mas, segundo a Enciclopédia Britânica, nos meados do século XVI, com a implantação do calendário Gregoriano, alguns franceses se recusavam a comemorar o início do ano em 1º de janeiro, mantendo a data de 25 de março.

Naquela época as festas de fim do ano duravam uma semana, encerrando-se no primeiro dia do mês seguinte. Afinal, era o mês de abriu (trocadilho besta).

Com a alteração, por decreto do Rei, e a discordância de uma parte da população, começaram os chistes e brincadeiras debochadas. Convites para festas inexistentes e presentes esquisitos eram enviados com o objetivo de ridicularizar os conservadores.

Boas atitudes demoram séculos para enraizar e se espalhar pelo mundo, mas bobagem pega na hora.

Assim, a brincadeira se espalhou pela Europa, chegando ao Brasil através dos colonizadores e conquistou os brasileiros, gozadores por natureza.

Na minha infância, esperávamos o dia com ansiedade, arquitetando formas de fazer de bobo um parente ou um coleguinha de escola. Podia ser um trote telefônico, um recado falso ou um embrulho sem conteúdo. Era um dia para se ficar atento.

Hoje já não temos um dia específico para “zoar” os tolos. A irreverência e o descompromisso com o respeito acabaram por institucionalizar a prática. A mentira nunca foi tão descaradamente usada pelos governantes.

Pensando no tema, a pedido do manager, comecei a entender alguns eventos como simbólicos. Compreendi, por exemplo, porque o Governo militar começou em 31 de março. O 1º de abril estava reservado para o PT.