3 de fevereiro de 2015

Eu odeio a Oi!

Vocês se lembram da ineficiência do TELERJ? O horror que era obter linha, sinais cruzados, defeitos nas centrais, ruídos e... mudez?

Pois é, trocaram de nome, mas não o conteúdo (planejamento e organização), a política interna. É como se você pegasse um frasco de poderoso veneno, retirasse o rótulo, e em seu lugar colocasse outro de, por exemplo, dipirona sódica, e pensar que contaria com alívio para suas dores e febres.

Botaram um rótulo de Telemar no frasco da Telerj e continuamos sem remédio para as telecomunicações. Aí sobre o rótulo Telemar colaram o da Oi. Mesmíssimo resultado.

Por incrível que possa parecer, no tempo da Companhia Telefônica Brasileira (CTB), as coisas funcionavam melhor em matéria de atendimento ao cliente. Nosso primeiro telefone, de número 2-7266, nos anos 1950,  apresentava muito poucos problemas de ruído, de falta de linha. O único problema era a falta de plano de expansão.

Nosso primeiro aparelho era deste modelo, preso à parede
Quem tinha era felizardo. E os preços eram altíssimos.

Disseram que a privatização resolveria nosso atraso em relação ao resto do mundo. O capital estrangeiro entrou e tomou conta do mercado. Com efeito multiplicaram-se os aparelhos celulares, inteligentes ou não, mas as zonas cinzentas nas quais perde-se o sinal ou a ligação é interrompida sem mais nem menos, em qualquer lugar que se esteja,  continuam infernizando os consumidores.

A conexão de internet é um caso a parte. A lentidão, a instabilidade, quando não a interrupção total são corriqueiras.

Estão tentando informatizar o judiciário, criando o processo eletrônico, vocês não imaginam o suplício que é protocolar uma petição e, pior ainda, distribuir uma nova ação.

Minha conexão com a internet, que faz parte de um pacote da Oi, é uma coisa infernal. Não se passam três dias sem que eu perca o contato com o resto do mundo. E esta interrupção não é caso de umas poucas horas. Por vezes leva dias.

E a tortura para falar com a assistência técnica? Depois de várias opções que precisamos fazer teclando um ou dois, finalmente o tal “Eduardo” informa que passará a ligação para um de seus colegas para atendimento pessoal. E sabem o que está acontecendo agora? 

Na passagem para um dos atendentes, ao vivo, entra uma musiquinha estridente que agride nossos ouvidos, e nem sinal de uma voz humana para nos atender.

Não por outra razão esta operadora é uma das campeãs de processos no judiciário. Mas parece que preferem ter um exército de advogados, do que investir em treinamento de mão-de-obra e substituição de equipamentos obsoletos.

Provavelmente se tivessem técnicos para atendimento de ocorrências, em número correspondente à metade do total de advogados contratados, as reclamações e os processos diminuiriam bastante.

Esta empresa é tão desorganizada, tão relapsa, tão desrespeitosa, que sendo a operadora de meu celular, quase diariamente me manda uma mensagem informando que minha fatura está disponível no site.
Só que, como um setor não fala com outro, não tem gerenciamento, ficam me enchendo a paciência (cada mensagem que chega emite um sinal sonoro) sobre a fatura que, há meses, está em débito automático.

Teria muito mais coisa a reclamar, mas minha paciência está esgotada.

Sabem o que pretendo fazer? Nada!!!

Eu não sei o que fazer. Trocar de operadora é o mesmo que trocar o nome na fatura, sem resultado prático.

Cada uma é pior do que a outra. E a tal Agência Reguladora não passa de cabide de emprego para alguns afilhados. Quando age é para proteger as empresas.

Estamos fu%@mmt#didos. E como se não bastasse, com o PT no governo. O que torna impossível solução para o problema.


Deve estar fora de moda este negócio de “odeio a Ineficiente S.A.”; “odeio a Desorganizada S.A”. "Odeio a Oi" . Odeio as operadoras de telefonia, todas elas, voltadas apenas para o lucro fácil. Como estou fora das chamadas redes sociais, por vezes fico ultrapassado, defasado, démodé. Ainda vale alguma coisa botar a boca no trombone?

9 comentários:

  1. Antes, quando era estatal, o foco era a qualidade. Dizer que não havia recursos para expansão da rede é compactuar com a roubalheira que impera desde governos passados, ainda na era dos militares. Eu lembro, porque trabalhei na Embratel do logotipo redondo.

    Existia, na sua conta do telefone, a contribuição para o Fundo Nacional das Telecomunicações. O fundo cresceu, estático, o olho do governo também. Não dava para roubá-lo, porque era específico. Transformaram em imposto e ele caiu no "caixa único", que é distribuído segundo as necessidades do país.

    Nem preciso continuar. Quando chegou a hora de investir em telecomunicações de novo, não tinha mais dinheiro algum! E resolveram privatizar, porque aí chegariam recursos (que não seriam roubados pelo governo).

    Como o foco das empresas privadas é lucro, e não qualidade, e como o Brasil é um país sem regulação de mercado, elas se locupletam. Investem muito pouco, apenas quando se vêem acuados por uma concorrente mais próxima.

    A Anatel é inoperante, como a Aneel, a Anac, e todas as demais agências reguladoras. Cabides de emprego, existentes apenas pró-forma, para justificar uma intenção do governo de monitorar o mercado. Na verdade, servem aos patrões, pois não vejo ação alguma que cerceie a busca de lucro fácil e a desordem na prestação de serviços.

    O sistema de telecomunicações é um retrato do país, nada mais que isso. Não culpemos apenas o PT, isso veio de longe...
    =8-( Freddy

    ResponderExcluir
  2. Muito boa síntese, Freddy.
    Acho que foi e é isto mesmo.

    ResponderExcluir
  3. Ainda sem solução, continuo sem conexão em casa.
    A informação (procedente?) é a de que estão fazendo manutenção na "central", que fica na rua Tiradentes, no Ingá.
    Socorro! Alguém aí pode confirmar isso?

    ResponderExcluir
  4. Carrano, só posso testemunhar com dois casos. Eu fiquei 20 dias fora e o Bento, amigo meu, ficou 43. O motivo é manutenção na rede, que pode incluir alterações nas centrais, distribuidores e cabeação.

    Na época da Embratel de logotipo redondo, eu já "apaguei" uma central para transferir os usuários para uma outra mais moderna. A montagem da cabeação paralela para não haver interrupção de serviço aos usuários foi uma verdadeira saga, semanas de trabalho árduo. A menos de defeitos que ocorreram (imprevisível isso) a migração transcorreu como prevista, sem interrupção do serviço.

    Creio que o que deve estar ocorrendo (hipótese) é renovação de distribuidores ou ampliação de central. Diferente do passado, os caras simplesmente estão desligando a central e fazendo o trabalho, que confesso fica muito mais fácil e rápido. No entanto, interrompe a prestação de serviços.

    A única benessse que estão dando a quem reclama, (anote os protocolos de atendimento) é ressarcir os dias parados, tanto no fixo como no Velox. Pra tal, há que conseguir conversar com um atendente de carne e osso e aí é outro parto!

    =8-( Freddy

    ResponderExcluir
  5. Será que eu estaria roendo o osso, mas depois comerei o filé?
    Isso me leva a desconsiderar mudar de operadora.

    ResponderExcluir
  6. Foi o que fiz: mantive-me na Oi.
    Meu amigo Bento perdeu a paciência e migrou para GVT.
    São apostas, apenas. Nada garantido.
    =8-/ Freddy

    ResponderExcluir
  7. A informação que tenho - oficiosa - é de que queimou componentes da central da rua Tiradentes, no Ingá. E estão esperando peças de reposição. Esta é Oi que odeio.

    ResponderExcluir
  8. Enquanto isso
    http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/02/na-casa-dos-exabytes-conheca-numeros-assustadores-da-internet-de-2019.html

    ResponderExcluir
  9. O número de nosso primeiro telefone, mencionado no texto, está equivocado. Em conversa com Ana Maria ela retificou. O número era 2-4806.

    ResponderExcluir