27 de janeiro de 2015

Teremos as águas de março?


Espero que sim. Não necessariamente aquelas trombas d’água que provocam deslizamentos de encostas, inundam cidades, desalojam os mais humildes e soterram famílias.

Chuva na estrada
Mas aquelas chuvas fortes e intermitentes serão extremamente bem-vindas. Um pouco mais do que as garoas. E se as chuvas torrenciais forem inevitáveis, que as mãos sábias da natureza as dirijam em direção às represas, às cabeceiras dos rios.

Nunca imaginei que um dia pediria chuva. E nunca acreditei que a água, mais precisamente sua falta, representava um perigo para a humanidade.

Os versos de Ary Barroso eram, para mim, apenas poesia. Lembremos:
“...........................................................
...........................................................
Quando o nego chegou por aqui,
Era mais vivo e ligeiro que um saci,
Varava estes rios, estas matas estes campos sem fim
Nego era moço e a vida um brinquedo prá mim,
Mas este tempo passou e esta terra secou, o,o,o,
A velhice chegou e o brinquedo quebrou
................................................................
................................................................”

Rio Piracicaba, cadê?
 Agora, ao contrário do pedido pelo Jorge Benjor, em “Chove chuva”, na qual quer o fim da chuva, chamando-a de ruim, nós queremos é que ela venha e fique um bom tempo.
"..................................................
Por favor chuva ruim
Não molhe mais o meu amor assim
Por favor chuva ruim
Não molhe mais o meu amor assim
..................................................."

Valem estes versos da mesma canção:

“Chove chuva, chove sem parar
Chove chuva, chove sem parar”

Brincadeira de criança
Será que teremos as águas de março, a que alude Jobim, fechando o verão? Seria a promessa de vida nos nossos corações.

Amém, Maestro, com a devida vênia pela adaptação.

E se vierem antes, melhor ainda. Volume morto é uma nomenclatura que me deprime...


Linda imagem

Notas do editor:Todas as imagens foram colhidas no Google.

14 comentários:

  1. No Rio de Janeiro, o nível da água na Lagoa Rodrigo de Freitas está bem abaixo da média e já faz surgirem bancos de areia.

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  2. Bem feito!!!!
    Vocês negaram água aos paulistas.

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  3. Ninguém negou água, ô corintiano. O cheiro de gambá não sai com água.

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  4. KKKKKKK
    Sabe, Paulo, se ele fosse vivo e tivesse acesso a esta grafia equivocada de seu nome, iria armar um banzé.
    Não fora o fato de ser flamenguista, seria um dos maiores compositores de nosso cancioneiro. Mas com este defeito, acrescido da gaitinha irritante, fica apenas como menção nesta citada música do texto.
    Ary de Resende Barroso, mineiro de Ubá, foi músico, compositor e radialista.
    Quer saber mais? Vá ao Google.

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  5. O nome do compositor, no texto, foi corrigido às 14:19.
    Estava escrito Ary Marroso. Fica o registro.

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  6. Em 2011 Ary Barroso foi devidamente homenageado no blog. Em:

    http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/03/poetas-populares.html

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  7. São Paulo poderá ter até 5 dias sem água por semana.
    Leiam em:
    http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2015/01/sabesp-pode-adotar-rodizio-de-5-dias-sem-2-dias-com-agua-afirma-diretor.html

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  8. Jorge, lembro de pequeno ouvindo jogo pelo rádio, com meu pai (tb vascaíno). E lembro muito bem da gaitinha ado Ary. Mas o que eu achava mais engraçado era quando o Flamengo estava sendo atacado. Como ele não narrava, torcia (!!), sempre dizia: "Eu não quero nem olhar...". E a gente ficava sem saber o que tinha acontecido!!!

    Aliás quem imitava ele muito bem era o Zé Vasconcelos...

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  9. Explique a recusa dos cariocas a fornecer água aos paulista, anônimo.
    Vc se refere as disputas da bacia do Rio Paraíba do Sul?

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  10. Muito boa também, Paulo, é aquela história (real) do calouro que foi se apresentar em seu programa e, indagado sobre que musica iria interpretar, falou que iria cantar um “sambinha e que não sabia o autor”. E era uma das composições do próprio Ary. Para irritação total do apresentador, que cuspiu marimbondos. Este caso entrou para o folclore do rádio, único meio de comunicação de massa da época.
    O José Vasconcelos, citado por você, explorou muito esta história.

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  11. Espero não vir a ter saudades de minha casa em Friburgo... Lá a água era de fontes próprias. Tem casa que fez deque porque não dava mais para patinar na grama encharcada. Outras tiveram de drenar a fonte subterrânea com um sistema de tubos furados que colhe o excesso e o direciona para o sistema de escoamento do condomínio.
    A minha era num dos pontos mais elevados do terreno, mas mesmo assim havia lajotas no entorno da casa que jamais secavam...
    Vai ser surreal se lacrarem a fonte do condomínio para obrigar uso da água da concessionária e, não mais que de repente, faltar água na cidade!

    Aqui em Niterói temos apenas que rezar. O poder público estadual falhou na prevenção e agora corre atrás do prejuízo, que será de todos.
    =8-/ Freddy

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  12. Aqui no Rio a situação se agrava. Vejam a matéria
    http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/01/paisagens-do-rio-se-transformam-com-falta-de-chuvas.html

    Também no Espirito Santo medidas radicais deverão ser adotadas. Racionamento à vista.

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  13. Deus é, mesmo, brasileiro.
    Leiam:
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/03/sao-paulo-tem-2-verao-mais-chuvoso-dos-ultimos-15-anos-diz-cge.html

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