Por
RIVA
Há uns 40 anos resolvi abrir minha própria empresa, para
vender .... mentiras.
Nome ? MENTIRA DESCARADA & Escoriações Generalizadas
Ltda.
Sim, eu e meu sócio, o Esperéldio Vigarista, depois de uma
profunda análise de mercado, consultas a
especialistas em novos negócios, todos coincidentemente de Brasília, chegamos
todos à conclusão que seria um bom negócio, lá pelos idos de 1975.
O produto seria (e foi) embalado em um barril, com mentiras
diversificadas e customizadas à vontade do cliente, que escolhia o conteúdo do
seu barril num portifólio que apresentávamos – na verdade, é o mesmo portifólio
até hoje, com alguns upgrades.
A título meramente ilustrativo, esse portifólio de mentiras
era segmentado em mentiras de amor e/ou família, de política, de macroeconomia,
fiscal, de futebol, de marketing, de gestão, religião/credos, infraestrutura
orgânica sistêmica polímera, entre outros.
Mas o mais importante é que nosso Plano de Negócios,
atualizado, apontava para nos dias de hoje, a venda de 1 barril de mentiras a
100 reais. Nosso “break-even-point” oscilava entre 60 e 70 reais, o que nos
dava uma boa margem de lucro.
Vendemos pra caceta, enchemos a burra de grana porque o povo
adora comprar mentiras, de qualquer natureza, desde que sejam ... mentiras. O
grande lance de um povo/cultura desonesta é .... mentir !
Mas eis que, para nossa surpresa, o mercado internacional,
antes meio avesso ao nosso produto, um produto genuinamente brasileiro de
merda, resolveu aderir ..... Vamos vender mentiras também !!! vociferaram ....
e pior .... Vamos derrubar esses brasileiros de merda ! Vamos vender 1 barril
de mentiras a 40 reais !
Nossa empresa há 40 anos, hoje com mais de 100.000
funcionários, está estruturada para a venda de 1 barril de mentiras a 100 reais,
com um lucro da ordem de 30 a 40 reais.
O que eu vou fazer se a concorrência lá fora resolver
fabricar mentiras, e vender o barril de mentiras abaixo do meu break-even-point
?
Estamos tendo reuniões constantes para analisar a situação,
mas tudo indica que vamos ter que demitir quase 80% dos nossos 100.000
funcionários, e recomeçar no ZERO, estruturando nossa empresa, a MENTIRA
DESCARADA, de forma a encarar esse novo cenário mundial na venda de mentiras.
Outra opção ???
Sim, existe claro ....... pedir grana ao governo para
subsidiar essa loucura do mercado internacional por uns 3 anos ..... mas quem
paga essa conta do subsídio ????
O POVO DE MERDA, claro ! quem mais ?
Muito bom, Riva. Colocar Dilma e Pinóquio num mesmo contexto foi muito oportuno.
ResponderExcluirA ideia da venda de mentiras também foi boa. Remete-me a uma proposta minha de venda de frases prontas, para todos os fins. Fiz até um post, que poderá ser lido em:
http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/01/vendem-se-frases.html
Estou espantada como a sua empresa cresceu mesmo com a concorrência desleal de profissionais no ramo.
ResponderExcluirSem falar, Ana Maria, no apoio financeiro de bancos oficiais como o BNDES.
ResponderExcluirO Riva, que eu saiba, não tem linhas de crédito da CEF e do BB irrigando sua empresa.
Ah! Não tem, também que eu saiba, empresas de fachada (subsidiárias) lavando dinheiro. E nem conta em paraíso fiscal.
Agora cá entre nós, as melhores empresas neste segmento (mentiras), são as criadas e geridas pelos marketeiros. Conseguem vender Dilma e venderam Lula superfaturados, com propaganda enganosa, a milhões de pessoas na país e no exterior.
ATENÇÃO! ATENÇÃO!
ResponderExcluirO governo estatizou a mentira. Agora produzir mentira é prerrogativa só do governo.
Trata-se da maior reserva de mercado desde os produtos de informática na década de 1980.
Riva, arranja outro ramo, porque foi na mão grande sem indenizaaçao.