5 de julho de 2014

Impressões de Viajante: Gramado - 6



Por
Carlos Frederico March
(Freddy)










Dando continuidade às nossas impressões na mais recente visita a Gramado - RS entre 10 e 18 de maio de 2014, destacamos duas das novíssimas atrações da cidade: a Snowland e a Alemanha Encantada.  Ressalto que aqui e ali já apareceram novidades no trajeto Gramado-Canela que eu não tive oportunidade de conhecer, como o Museu de Cera, a Harley Davidson e os Supercarros, onde você pode dar umas voltas em esportivos de altíssimo desempenho.

A Snowland fica na estrada para Nova Petrópolis (seguindo a Av. das Hortênsias e passando pelo Pórtico Antigo), a cerca de 8 km do centro. É diversão garantida para quem gosta de esportes de inverno e não pode ou não quer sair do Brasil. Não espere uma estação de esqui, certo? É um parque temático apenas.

Esquema interno da Snowland

Tem 3 áreas principais para diversão:
- Vilarejo Alpino, com a pista de patinação e lojas
- Montanha de Neve, com as pistas de esqui e castelo de neve
- Observatório com restaurante e pub

Mal se ultrapassa a borboleta de entrada, encaramos o Vilarejo Alpino, com temperatura de cerca de 18ºC. Um agasalho serve para os mais resistentes. Quem quer patinar, obviamente circulará numa área mais gelada, e agasalhos mais pesados são necessários. O usuário recebe proteções para cabeça, cotovelos e joelhos. As lojas em torno são comuns, a maioria filiais de algumas da cidade.

Vilarejo Alpino com pista de patinação

Para entrar na Montanha de Neve, troca-se de roupa. Só não está incluído no ingresso do parque o escaninho para guardar os pertences deixados. Falando de ingresso, comprando com antecedência pela Internet a entrada na Snowland tem desconto e é permitido entrar antes do horário de abertura do parque (9h). Em dia movimentado, li que pode-se esperar até 2 horas para conseguir entrar, portanto a compra antecipada tem a vantagem do acesso e do preço, já que na boca do caixa é caríssimo.

Em dia de menos procura, no entanto, vale encarar a fila dos ingressos para maiores de 60 anos (se for o caso), pois não são vendidos na Internet e ficam bem mais baratos que aquele com desconto. Mas não tente isso em fins de semana ou na alta temporada!

Nós fomos numa 2ª feira e por falta desse tipo de informação que ora estou repassando, compramos os ingressos por antecedência pela Internet para garantir facilidade de acesso, mas estava bem vazio (como era de se esperar numa 2ª feira vadia).  Como eu e minha esposa já temos 60 ou mais, poderíamos ter usufruído do desconto para 3ª idade sem problemas de fila.

Minha filha, marido e amigos fizeram questão de adentrar a área da Montanha de Neve, eu e Mary preferimos ficar de fora. Além de não termos vontade alguma de esquiar, para ver paisagem nevada a gente prefere Bariloche, Valle Nevado, Portillo... (rs rs). Fomos então para o Observatório.

Montanha de Neve, vista do Observatório


Em termos de parque temático, posso dizer que a Montanha de Neve tem tudo para ser um sucesso no Brasil. Ali você esquia de verdade, se não souber pode ter aulas (pagas), pode fazer apenas esquibunda, ou apenas curtir a temperatura baixíssima tomando um chocolate na lanchonete típica.

Gostei muito do Pub existente no Observatório! Preços educados, inclusive de vinhos e whiskies. Petiscos decentes, bem feitos. Como ficamos bem na janela, deu para apreciar a Montanha de Neve o tempo todo.  O restaurante ao lado é bem grande e muito bonito. Há um terceiro ambiente que estava fechado, será um serviço de bufê a ser inaugurado brevemente. 

Pub do Observatório


Restaurante com vista para a Montanha de Neve

Curiosamente minha esposa detestou o passeio. Disse que não volta nunca mais. Eu sou menos radical, gostei do ambiente, de ficar no Pub, olhando aquela gente toda se divertindo. Só que para isso a gente tem de chegar (de táxi , carro próprio ou alugado) e entrar. O ingresso, mesmo com os descontos, é muito caro onerando bastante o passeio para quem só quer curtir (ainda mais em dupla ou grupo)... A menos que pra você dinheiro não seja problema...

A outra novidade da cidade é a Alemanha Encantada. Na verdade, um pequeno espaço anexo ao Lago Negro, junto às lojinhas de artesanato. Possui uma torre de observação com elevador, com o tema Princesa Rapunzel.  A vista é modesta, pois o Lago Negro fica oculto pela densa vegetação em frente. Vale uma subida (paga), depois nunca mais.


Alemanha Encantada, Torre da Princesa

Bom mesmo é o Biergarten! Com área interna e externa tipicamente decoradas, a gente se sente realmente na Bavária! Os pratos alemães são deveras interessantes, experimentamos excelentes salsichas feitas especialmente para o local, com mostardas divinas. O chopp é da Hofbräu (conhecida casa de Munique) e da Erdinger, além de uma limitada mas competente seleção de cervejas. Tomei uma Hofbräu Dunkel que não havia encontrado em lugar algum do Brasil.

Biergarten da Alemanha Encantada

A única pena que senti foi só ter descoberto esse espaço no último dia de minha estada! A música ambiente é alemã, na altura certa para não incomodar, e o resto é Alemanha pura. Voltarei se Deus permitir muitas vezes quando retornar a Gramado.

Quanto ao Lago Negro, apesar de ser maio e a temperatura estar bem amena, tinha muitos mosquitos. Eles me acharam e eu saí de lá bem picado. Sorte que sempre levo pomadas antialérgicas, mas esqueci e fui de bermuda, mania que adquiri depois de aposentado. Foi um grande erro deixar as pernas desprotegidas, agora admito. Spray repelente também teria ajudado.

Lago Negro

Destaque adicional em nossa estadia foi uma passeio de dia inteiro ao Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. Como éramos 6, optamos por alugar uma Zafira com motorista, o que trouxe grande desconforto a quem viajou nos 2 banquinhos traseiros. Vale lembrar que são 2 horas para ir e 2 para voltar!  Não entrarei em maiores detalhes porque já dissequei o referido vale em diversos posts deste blog (ver relação ao final). Visitamos Miolo, Cave de Pedra, Casa Valduga (onde almoçamos no sensacional Restaurante Maria V) e Chandon, terminando com a irresistível visita ao varejo da Tramontina em Carlos Barbosa.

Para nós, Gramado é destino para repetir dezenas de vezes. Pela beleza, pela educação do povo, pela gastronomia, pelas festas, por tudo!
Não demora, a gente volta!




Fotos do acervo do autor.

Posts anteriores sobre Bento Gonçalves, Vale dos Vinhedos:
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/07/visita-ao-vale-dos-vinhedos-parte-i.html
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/07/visita-ao-vale-dos-vinhedos-parte-ii.html http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/07/visita-ao-vale-dos-vinhedos-parte-iii.html http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/07/visita-ao-vale-dos-vinhedos-parte-iv.html
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/03/vale-dos-vinhedos-revisita-2013-parte-1.html
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/03/vale-dos-vinhedos-revisita-2013-parte-2.html
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/03/vale-dos-vinhedos-revisita-2013-parte-3.html
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/03/vale-dos-vinhedos-revisita-2013-parte-4.html

Posts anteriores sobre Gramado:
Ver relação no final do post anterior: Impressões de viajante - Gramado, 5

5 comentários:

  1. Minha filha Renata está lá com marido e amigos, deixando a gente aqui com água na boca! Curtiu jogo da Alemanha na Alemanha Encantada e o do Brasil no shopping Largo da Borges.
    Mas a gente volta em breve! De novo!
    <;o)
    Freddy

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  2. Freddy,
    Meu amigo Ricardo dos Anjos, nascido criado em Niterói tendo morado muitos anos na Vila Pereira Carneiro, agora aposentado das atividades jornalísticas, mas ainda dedicado à literatura, resolveu mudar, de mala e cuia, para a Serra Gaúcha. Está morando, a cerca de três anos, em Nova Petrópolis.
    Você, tão apaixonado, com alguma razão, pela região, nunca cogitou viver lá, já que também se aposentou?

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  3. Já cogitei seriamente, antes de escolher Friburgo em 2006 (ano da aposentadoria). Na época as grandes opções na planilha eram Nova Friburgo, Gramado/Canela, Florianópolis (ilha) e Curitiba.

    Mesmo agora, quando vendi tudo (Friburgo e Niterói) para recomeçar em outro imóvel que poderia de novo ser em qualquer canto, Gramado sempre esteve no rol de possibilidades.

    O motivo que impediu a escolha, além da distância ao restante da família (fundamental para Mary), é que uma coisa é veranear. Outra é viver no local. A experiência em Nova Friburgo foi determinante para essa constatação.

    Não dá para uma pessoa nascida e criada no eixo Rio/Niterói largar tudo e ir viver longe da muvuca. Se não deu nem em Nova Friburgo, que é logo ali, imagina na Serra Gaúcha?
    <:o) Freddy

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  4. Acho que público e mídia foram a nocaute com a contusão de Neymar.
    A ficha ainda não caiu de todo, foi tão inesperado que me parece haver um certo receio de opinar sobre o futuro da seleção, violência no futebol...
    Não bastasse teve queda de viaduto em BH relacionado com obras para a Copa não terminadas e acusadas de superfaturamento.
    Acho que deu um nó em todos.
    Juntemos os cacos, a semana promete!
    =8-/
    Freddy

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  5. Minha filha Renata informou-me que assistiu ao jogo Argentina x Bélgica num bar-boate que eu não conhecia na Rua Garibaldi, atrás da Rua Coberta: Saint Bier Cervejaria / Fancy Bar Club. De dia um bar, de noite uma boate.

    A destacar que ela hoje circulou por Gramado devidamente paramentada com o uniforme da Argentina (de quem ela é torcedora fanática) e seu marido Junior com o do San Lorenzo de Almagro, time do Papa Francisco.

    =8-) Freddy

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