Medida eleitoreira

Para reajustar os benefícios pagos aos aposentados não há verba, o orçamento não suportaria aumentos realistas. Os aposentados, presume-se, contribuíram com seu trabalho para o crescimento do país, e contribuíram financeiramente com descontos compulsórios em sua remuneração para a previdência social (INSS).

Mas para reajustar o benefício pago a quem não fez nada ou muito pouco, e ainda é parasita, vivendo numa zona confortável de ser sustentado pelo governo, com nosso imposto, há dinheiro. Estamos falando de 36 milhões de votos, perdão, ato falho, 36 milhões de beneficiários deste programa assistencialista.

A mediada, absolutamente eleitoreira, de reajustar em 10%  o bolsa família, programa de caráter assistencialista, populista e demagógico, com perdão pela redundância, merece repúdio, neste momento em que a presidente despenca nas pesquisas  e assiste a movimentos em favor da candidatura de Lula, e não dela, para reeleição.

É claro, dirão alguns, que este reajuste ajudará Dilma e ajudaria também Lula numa eventual reviravolta no seio do PT. Eu sei disso. Mas prefiro trabalhar com o visível, com om palpável. E o que é visível neste passo é a candidatura Dilma.

Nós, aposentados, temos que nos contentar com os pífios 5,7% de reajuste em nossas  aposentadorias,   mas os espertalhões, os vagabundos, os acomodados, mas que são eleitores inocentes úteis, terão mais 10% de mão beijada, em troca do voto de gratidão.

Botei num mesmo saco acomodados e espertalhões,  junto com alguns que efetivamente,  por essa ou por aquela , não têm condições de sobrevivência, seja  pelas condições de saúde,  de qualificação profissional (inexistente) ou região em que vivem sem perspectiva de emprego. Estes não somam 36 milhões.

Espertalhões e vagabundos são a maioria. Como a empregada doméstica de minha cunhada, no Espirito Santo, que não quer a carteira assinada. Para não perder, segundo ela, o bolsa família. Está errada a doméstica, e coloca em erro minha cunhada por manter empregada sem registro em carteira.

Este é o (des)governo que temos que aturar até dezembro deste ano. Vamos ver se realmente Deus é brasileiro. Seria melhor se fosse eleitor inconformado com este estado de coisas no país.

Ah! Sim. A presidente fez também um pequeno agrado  à classe “C”,  autorizando correção na tabela do IR. Um faz-me rir.

Nota do editor: leia mais em 

http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/04/dilma-anuncia-correcao-da-tabela-do-ir-e-reajuste-de-10-do-bolsa-familia.html