REPUGNÂNCIA

Tinha prometido a mim mesmo que daria um basta em assuntos políticos no blog. Estavam me fazendo mal. A pressão arterial subindo descontroladamente, e sentido ânsias de vômito a cada notícia envolvendo corrupção e fraudes no governo. E mais recentemente os escândalos inacreditáveis na Petrobrás.

Todavia, pior é ter que engolir calado.

O que era divergência de orientação ideológica, o que era oposição à partidarização dos órgãos públicos e empresas estatais, o que era reação ao populismo barato, agora virou asco, repugnância.

Ver a cara de Lula et caterva, ver e – que os deuses se apiedem de mim – ter que ouvir a presidanta são missões (hercúleas) que estão acima e além de minha capacidade de absorção.

Minha repulsa se estende, por outros motivos, claro, à Rede Globo e todo o conglomerado de comunicações (rádio, jornais, revista website, portal), desde a edição daquele hipócrita e covarde editorial no qual o sistema globo se arrependeu de haver dado apoio ao movimento militar em 1964.

Dá-me nojo ouvir os apresentadores da emissora, e demais repórteres, falarem em golpe militar. Quanta falta de coragem, de caráter. E quanta ganância pelo dinheiro. Como já tive oportunidade de comentar aqui no blog, o “plim-plim”  é o ruído da caixa registradora.  Lá é assim, se podem faturar apoiam. Judas se vendeu por trinta dinheiros, a Glogo pelas polpudas verbas publicitárias governamentais. Mas ambos são igualmente vendáveis e  vendidos.

Isto me remete a uma velha piada dos tempos em que era glamoroso viajar de avião.

O avião decolou com destino a São Paulo, e ao lado do Don Juan (genérico) sentou-se uma elegante e atraente mulher. Ele, mais que depressa, puxou conversa. Conversa vai conversa vem, ele propôs encontrarem-se a noite para jantar. Ela deu esperança e ele avançou, ousando mais. Passariam a noite juntos no hotel dele. E para dar um cheque mate ele prometeu dar a ela um anel de brilhante que compraria antes do encontro.

Ficou irresistível e a mulher cedeu. Um pouco arrependido com a despesa que se impôs, retrucou perguntando se não poderia ser um cordãozinho de ouro 18 quilates.

A mulher, indignada, olhou bem nos olhos dele e falou: - Você acha que eu sou puta? Ao que ele redarguiu: - Isso a gente já viu que você é quando aceitou o anel, a questão agora é o preço.

Assim é a Globo, rede de TV e emissoras de rádio e jornais. Vendem-se. A questão é o preço. Mas como o governo tem a chave do cofre do BNDES não tem dificuldade em comprar.