Quase a metade da seleção nacional em 1950 |
Conforme acentuei em troca de e-mails com outro cruzmaltino, sou bastante calejado em decisões contra o Flamengo e, embora a decepção pela derrota, fica a certeza de que acertei na escolha do time para torcer.
A história deste clássico, que enchia o Maracanã com mais de 100 mil torcedores, e por essa razão ficou conhecido como “clássico dos milhões”, numa alusão às fantásticas (para a época) rendas, é rica demais e me orgulho de haver presenciado grandes confrontos com vitórias maiúsculas do Expresso da Vitória.
Vi jogar a linha média, como se dizia
na escalação nos moldes antigos, formada por Eli, Danilo e Jorge, no Vasco,
enquanto o Flamengo tinha Jadir, Dequinha e Jordan.
O ataque do rubro-negro tinha Joel,
Rubens, Índio, Benitez e Esquerdinha, na formação da época, e o Vasco Tesourinha,
Maneca, Ademir, Ipojucan e Chico.
Ou, mais tarde um pouco, Sabará,
Walter, Vavá, Pinga e Parodi.
Venho de longe gente, já vi e vivi
muita coisa.
Epílogos parecidos com o de domingo
passado, com o Gigante da Colina sofrendo gols no finalzinho aconteceram
algumas vezes.
Uma delas foi em 1978, um dos
torneios cariocas mais disputados, que terminou com Zico e Roberto (Dinamite)
empatados na artilharia, com 19 gols marcados.
Goal de Rondinelli |
Mais recentemente, em 2001, e de novo
numa final de Campeonato Carioca, e mais
uma vez aos 43 minutos do segundo tempo, Petkovic marcou, na cobrança de uma
falta, o gol que garantiu ao Flamengo a diferença de gols necessária apara
conquistar o título. (Flamengo 3X1 Vasco)
Estes finais dramáticos estavam previstos a milhões de anos, se me permitem
parafrasear Nelson Rodrigues. Assim como o de domingo passado.
Como explicar que o zagueiro Rodrigo,
do Vasco da Gama, venha a sofrer um sério estiramento muscular exatamente no
lance do corner que, cobrado, resultou
no gol do Flamengo? E tenha que deixar o gramado.
Ora, a bola foi alçada na área do
Vasco no local de posicionamento do Rodrigo em lances que tais. Inclusive dois
anteriores na mesma partida. A bola seria dele, se não para interceptar, para pelo
menos dificultar a cabeçada do zagueiro adversário que jogou a bola no travessão
e na volta resultou no gol.
Com o Rodrigo em campo aposto que o
desfecho seria diferente. Mas ele tinha que se contundir justo naquele momento.
E o bandeirinha que não assinalou o
impedimento, foi o mesmo que participou do lance da bola que entrou quase um
metro, num jogo contra o mesmo Flamengo. Falo do bandeirinha mesmo, não do
auxiliar atrás do gol. Coincidência estranha, no mínimo.
Em minha memória a magnífica
conquista do Carioca de 1952. Embora torcedor do Expresso da Vitória desde os 7
anos de idade (1947) e ficando contente
com títulos, inclusive o primeiro campeonato carioca disputado no Marcanã, foi somente aos 12 anos (1952) que comemorei um título tendo visto em estádios partidas do Vasco.
O elenco fantástico era este abaixo.
Alguém com bom senso dentro do Vasco, deveria alertar ao palerma do presidente que recorrer pleiteando anulação da partida, a par de não encontrar fundamento jurídico, não tem amparo na ética.
ResponderExcluirVai fazer papel de otário.
Um outro jogo terá outro clima, outro cenário. Nem mesmo os atletas em campo seriam os mesmos. E a motivação também seria diferente.
Deixa como está. Perdemos com a cabeça erguida, com o moral elevado, porque fomos prejudicados.
Foi uma derrota honrosa. Alias não houve derrota, pois foram dois empates.
E tem o seguinte: o Flamengo jogava contra um time da segunda divisão. E penou, precisando de um erro injustificável da arbitragem para conquistar, sem glória, o título deste ano.
Leiam:
ResponderExcluirhttp://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2014/04/vasco-havia-pedido-que-auxiliar-nao-fosse-mais-escalado-em-seus-jogos.html
O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso...
ResponderExcluirBill Shankly
Trecho de um e-mail recebido:
ResponderExcluir"Tb já vivi bons momentos, mas confesso que a última vez que fui pra janela gritar, foi naquela virada histórica do Vasco contra o Palmeiras, pela Mercosul, em dez/2000. Já faz tempo, caraca... Quando terminou o primeiro tempo (3x0 Palmeiras), passei a assistir um filme (pra mim, seria uma goleada). De repente, ouço um grito de gol, viro pro jogo... ok... pelo menos não vai dar vexame. Volto pro filme. De repente, outro grito. Volto pro jogo. Ôpa, agora já dá pra assistir. Quando o Vasco fez o quarto gol, não me lembro de ter gritado "PQP" tantas vezes na janela."
No caso de Rondinelli e Petkovic, os gols foram no finalzinho mas foram legais.
ResponderExcluirNo caso atual, não.
Recebi uma mensagem no Facebook em que flamenguistas apontam irregularidades em outras oportunidades, quando o Flamengo foi prejudicado, deu a volta por cima e ganhou os referidos jogos. Só que havia tempo para essa retomada de coragem e partir para cima.No recente caso, o roubo se deu sem chance de recuperação. Faltavam 2 minutos...
=8-/
Freddy
A última de hoje: Figueirense, Icasa ou os dois?
ResponderExcluirKaos (como diria Riva)!
<:o)
Freddy
Manifestação de Ercolino de Luca, diretor do Vasco:
ResponderExcluir"Os caras dizem que não querem prejudicar ninguém, mas botam o mesmo auxiliar para errar três vezes seguidas? Quando reclamei na Ferj sobre o gol não validado do Douglas, eles me disseram que o juiz não viu porque a bola bateu muito rápido no chão e subiu. Quando reclamo de pênaltis, dizem que a malha da camisa do Vasco é muito fina e estica fácil. Que os puxões na verdade são apenas os adversários segurando a camisa dos nossos atletas. É muita desculpa esfarrapada e nada acontece."
Como era de se esperar (só mesmo o panaca poderia acreditar em êxito no Tribunal), o Vasco foi derrotado no pleito de anular a partida final do campeonato carioca.
ResponderExcluirEis a decisão do TJD-RJ sobre a final do Carioca publicado nesta terça:
1. Trata-se de pedido de impugnação de partida que foi realizada no dia 13.04.2014 às 16h elo Campeonato Estadual da Série A de Profissional, realizado no estádio Mário Filho, Maracanã.
Passo a decidir:
2. Não se vislumbra como quer fazer crer o impugnante no presente, qualquer violação a regra do jogo, bem como a interpretação do árbitro em violar a regra, havendo tão somente interpretação errônea dos fatos. Não se pode querer que um erro de fato se transforme em um erro de direito, claro esta que houve sim um erro de fato.
De qualquer modo, também na súmula da partida não há qualquer menção que possa caracterizar má-fé da arbitragem, na validação do gol. Neste sentido, decido pela manutenção do resultado da partida, por entender que a soberania do árbitro é incontestável.
3. Publique-se e Cumpra-se.
Torcida organizada no AP:
ResponderExcluirhttp://globoesporte.globo.com/ap/noticia/2014/10/organizada-do-vasco-no-ap-entrega-brinquedos-criancas-de-periferia.html