21 de janeiro de 2014

Ninguém escreve ao blogueiro


Pretendia escrever um post sobre o silêncio dos seguidores, amigos e parentes, além dos apenas eventuais leitores do blog. Daí que pensei em “Ninguém escreve ao coronel”, conto de Gabriel Garcia Márquez, numa associação de ideias inexplicável.
É verdade, as situações nem de longe se parecem. O silêncio, a ausência de notícias, para o reformado coronel que vive numa ilha isolada, é uma coisa angustiante e tem consequências relacionadas com sua sobrevivência e da mulher, já que vivem em penúria. A novela está aí, viva, portanto o tempo é o presente.

Fui ao Google para buscar uma imagem da capa do livro, já que embora os casos sejam absolutamente distintos, já decidira que o gancho para o post seria o livro citado.

Existem vários blogs sobre o autor e literatura de modo geral. Num deles encontrei uma boa resenha do “El coronel no tiene quién le escriba”, titulo original. É encontrável em


Um ponto que me chamou a atenção neste blog, e que já  verifiquei aqui mesmo no Generalidades, é que muitos leitores de blogs, são também eles blogueiros. E o que fazem? Deixam um comentário e se anunciando também titular de um blog ou site, deixam o endereço de seu sitio sugerindo (pedindo) uma visita.

Ora, tal fato corrobora a tese do Carlos Frederico, que escreve aqui vez ou outra, de que é ruim levar o que ele chamou de “pneu”, significando a ausência total de comentário ao post.

Se o dono de um blog ao visitar outro, pede reciprocidade, ou seja, uma visita ao seu próprio, deixando o endereço, significa que sente falta de visitas e comentários no seu espaço virtual.

Está lá, em comentários, no post acima mencionado (veja link), o exemplo do que acabo de afirmar. Neste cantinho aqui também já aconteceu. E muitas vezes as temáticas são inteiramente diferentes. O blog visitado trata de poesias e o visitante tem um de culinária. Ou um versa sobre moda feminina e o outro sobre esportes radicais.

A pergunta que não quer calar é como alguém chegado a arte literária, a ponto de ter um blog sobre o assunto, pode ir parar num blog que fala especificamente sobre apicultura hindu no século XIII?

E uma constatação. Na rede mundial existem blogs, de excelente qualidade, de apresentação e conteúdo, sobre os mais variados assuntos. Milhares? Milhões? São tantos de alto nível, que fico corado de vergonha por manter o Generalidades no ar. Deveria ter levado adiante as minhas tentativas de descontinuar este blog (por outras razões que não vergonha). Um dia a sensatez vencerá a vaidade.
 
Nota do blog manager: o galo da capa do livro tem importância na história. Deixado pelo filho, que morreu assassinado, a galo poderia ser vendido para gerar receita livrando o coronel, por um tempo, do aperto financeiro. Mas o galo parecia bom de briga e poderia na rinha dar mais dinheiro ainda ao velho coronel. Para saber o desfecho só lendo o livro, o que certamente não será nenhum sacrifício.

4 comentários:

  1. Realmente, Carrano, ganhar um “pneu” na área dos comentários é frustrante. No entanto, depois de seguidamente debatida essa questão, acho que já a superei. Alguns lêem sem comentar, às vezes recebemos comentários por e-mail por se tratar de crítica particular, mas não raro polêmicas se instalam na área específica, o que é estimulante.

    Não sei o trabalho que dá manter o espaço funcionando. Decerto ocupa tempo, mas deve ser prazeroso senão não faria sentido algum. Um blog que estimule polêmica on-line certamente pede um acompanhamento também on-line. Se a pessoa trabalha ou pelo menos usa o computador numa base continuada, manter “um olho no padre e outro na missa” não chega a ser muito complicado, imagino.

    Bem, há várias maneiras de se manter um blog, apesar de que sua origem teria sido “web log”, um registro diário de atividades que pode ser mantido por uma ou mais pessoas simultaneamente. Postagens esparsas são características de certo tipo de blog, mas a moderação de comentários, se não é realizada com frequência, transforma os textos em meros repositórios de informação. Válidos, decerto, mas bem menos interessantes.

    Volta e meia você nos “ameaça” com a extinção do Generalidades Especializadas. Eu gosto dele, porque aqui opinamos sobre o cotidiano, falamos de viagens e ou sobre algum tema específico... assuntos tão diversos por conta justo da genética deste blog. Quando posso mando colaboração, que se passar pelo crivo do blogueiro é publicada.

    Portanto, se um dia ficar novamente assoberbado pela tarefa de mantê-lo numa base diária ou for trabalhoso fazer moderação on-line de comentários, antes de extingui-lo, em atenção aos amigos, sugiro que o transforme naquele outro tipo menos pesado, mais espaçado.

    Em tempo, li que o Dia do Blog é 31 de agosto...
    <:o)
    Freddy

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  2. Então, caro Freddy, vá preparando um post alusivo, para publicação em 31 de agosto.

    Ah! Em tempo: "ameaça" seria ter dito que o blog continuará, apesar dos pesares.(rs)

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  3. Eu reconheço estar ausente, mas tenho motivos para isso : estou trabalhando agora em outro ambiente, na rua da Quitanda, matriz da empresa, cercado por desconhecidos.

    É conveniente/inteligente, por enquanto, que evite acessos a qqer coisa que não seja .... trabalho.

    Nesse momento o salão ficou vazio, e eu voltei do meu almoço, aproveitando então esse gap para teclar assuntos pessoais, sem ninguém em volta.

    Também estive fora nos últimos 3 dias - retornei ontem às 22h de Floripa, onde fomos comemorar antecipadamente nossos 37 anos de casados.

    Só me resta acessar à noite, e é o que farei. E pode ter certeza, sinto falta de poder acessar a qqer momento esse espaço aqui.

    Abrs,

    Riva

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  4. Obrigado, Riva.
    E parabéns a você e a Isa, pelos 37 anos.
    Abraço

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