Hoje, dia 5 de janeiro de 2014, estamos completando cinquenta
e três anos de compromisso, sem grandes turbulências.
Foi na sacada (varandinha) de uma sala no primeiro andar de
um pequeno prédio na Rua XV de novembro, no centro de Niterói, onde funcionava
a FESN (Federação dos Estudantes Secundários de Niterói), que Wanda e eu
iniciamos formalmente um namoro que veio a se converter em casamento à apenas
cinco dias de completarmos quatro anos daquele namoro/noivado, posto que nos
casamos em 31 de dezembro.
Eram tempos mais românticos e conservadores, e antes do
primeiro beijo avaliamos a dificuldade que teríamos em iniciar um namoro quando
morávamos à cerca de 500 quilômetros de distância.
Lembro que fizemos um pacto para que nenhum de nós dois
pagasse um mico de ser traído enquanto não decidíssemos pela dissolução do
compromisso de forma clara, expressa e transparente.
Em outras palavras, prometemos reciprocamente que se
surgissem dúvidas ou houvesse um esfriamento
na relação (mais espiritual do que física), a decisão de rompimento
deveria ser comunicada de forma honesta imediatamente ao outro.
Deveria haver uma base de sinceridade, de fidelidade, de
sorte a que pudéssemos ter futuro juntos.
Eramos dois pobretões e a distância a ser vencida, de trem ou
ônibus, seria muito grande. O trem levava praticamente doze horas, se não
houvesse atraso, e era desgastante. O ônibus da Itapemirim, única a fazer o
percurso de Niterói para Cachoeiro, no Espírito Santo, levava de
sete e oito horas, eis que havia ainda um longo trecho perto da divisa entre os
Estados (RJ/ES) que não era asfaltado. Era o traçado do que veio a ser a BR
101.
Hoje, ainda terminando de desfazer as malas da curta viagem
que fizemos ao Uruguai, Wanda me lembrou da data. As mulheres são mais românticas
e atentas as datas.
Sou um felizardo por ter uma mulher que ainda guarda romantismo,
ao lado de muito carinho, atenção e cuidado comigo, além de ter me dado dois
maravilhosos filhos.
Agradeço aos céus, aos astros, aos santos, aos caboclos e
orixás por ter firmado com Wanda, há 53 anos, naquele longínquo 5 de janeiro de
1960, aquele acordo de início de namoro.
Nota explicativa do porquê na sacada da FESN:
ResponderExcluirEu era diretor da Federação dos estudantes Secundários de Niterói.
Wanda veio com um grupo de estudantes do Liceu de Cachoeiro de Itapemirim, num passeio organizado pela FESN, em reciprocidade à acolhida que nos deram naquela cidade capixaba para participar de uma olimpíada estudantil.
O governo de Roberto Silveira (o que dá nome à avenida em Icaraí), cedeu as instalações do Ginásio do Caio Martins e bancou alimentação para o grupo de moças. Depois foram recepcionadas no antigo Palácio do Ingá (tenho foto já publicada neste blog.
O governador Roberto Silveira era um político carismático que tinha saudáveis ambições de concorrer à cargos federais.
Parabéns ao casal pela data e também pelo aniversário de casamento recém comemorado.
ResponderExcluirAbraços
Freddy
Parabéns. Pela data e por sua sensibilidade.
ResponderExcluirObrigado, Freddy, e parabéns pelo aniversário natalício transcorrido no dia 1º do mês e do ano.
ResponderExcluirAbraço
Obrigado, mana!
ResponderExcluirPois é, o tempo passa, o mundo gira e a Lusitana roda.
São 53 anos somados namoro, noivado e casamento.
E em dezembro, se lá chegarmos, comemoraremos os 50 anos de casamento, as tão festejadas bodas de ouro.
Parabéns ao casal ... uma raridade nos dias turbulentos de hoje. As novas gerações dificilmente alcançarão essas marcas.
ResponderExcluirNão é fácil conjugar o verbo compartilhar, e com certeza vcs dois, como eu e a Isa, compartilham tudo, ou quase tudo, abrem mão de algumas coisas para não enfraquecer a união ... é assim a vida a dois, plena.
Alguns amigos se espantam quando digo, em um assunto qualquer, que não posso porque a Isa não pode, ou não vou porque a Isa não gosta, e vice-versa ... se espantam porque com eles não é dessa forma, é mais individual, e com isso, vão levando sua união à frente, mas nitidamente mais separados, mais distantes ... e isso não ocorre conosco. E somos felizes assim.
Deus os abençoe.
Valeu!
ResponderExcluirMuito obrigado, Riva.
Eu até achava que o pessoal de hoje que mora junto apenas não era casado oficialmente. No entanto, tenho a cada dia testemunhado mais e mais casos em que realmente apenas moram junto. Dividem despesas, economizam motel, mas fora isso levam suas vidas separadas.
ResponderExcluir=8-(
Freddy