4 de outubro de 2013

Órgãos de imprensa


Nos últimos 4 domingos comprei, na banca diante do "Pão de Açúcar", na rua Paulo Alves, no Ingá, o jornal “O Estado de São Paulo”, apelidado pelos paulistas de  “Estadão”, acho que pelo enorme volume de sua edição dominical. No Rio chega reduzida, sem os cadernos de classificados.

E deixei de comprar “O Globo”, depois de muitos anos de fidelidade. Fiquei enojado com a atitude do jornal dos Marinho que fez pose  e papel de “Madalena arrependida”, muito provavelmente para agradar o poder.

O edital em que “O Globo” renega o apoio que afirma ter dado ao movimento militar de 1964, deixou-me decepcionado e a decepção se transformou em raiva e a raiva em ojeriza,  aversão.

Se os eventuais leitores estão pensando que acho que as pessoas, ou entidades públicas e privadas, não podem reconsiderar opiniões e posturas estão muito enganados.

Como disse o poeta popular,  é preferível ser uma metamorfose ambulante do que ter a velha opinião formada sobre tudo.

Só que, no caso que estamos comentando, não havia alternativa válida  e possível senão a intervenção dos militares. Ou os Marinho prefeririam uma  república sindicalista terceiromundista?

Aplaudi e não renego que gostei da intervenção militar naquele momento. Se depois eles se perderam e adotaram posturas condenáveis, com truculência, torturas, prepotência e autoritarismo, tem-se que lamentar e repudiar.

Mas os militares  agiram com coragem e no momento certo. E lembro que não houve o derramamento de uma só gota de sangue naquele  31 de Março  de 1964. E ficamos livres da ditadura do proletariado.

Já que falo deste tema, aproveito para comentar que lamento não haver clima, nas forças armadas, para nova ação saneadora, afastando a quadrilha de corruptos e mensaleiros de todos os matizes, inclusive peessedebistas.

Só que, desta feita, se possível fosse, sem que se embriagassem com o poder e o entregassem  à lideranças civis menos comprometidas com ideologias que não privilegiem o mérito individual,  a propriedade privada, a livre iniciativa, a alternância no poder e o respeito à dignidade humana.

Não é possível que um país que beira os 200 milhões de habitantes não tenha uma centena de homens de bem, mesmo sem formação politica, que possam exercer o poder de forma equilibrada, com justiça social e metas de crescimento econômico, porque é o emprego decente, com registro e direitos assegurados que tira o homem da marginalidade. Lógico que a educação é importante, mas quando me refiro à justiça social também ela e mais a saúde e a segurança estão abrangidos

Casuísmos, planos populistas, invasão de propriedade, e os “sem tudo” que se disseminaram (terra, teto, etc) que desrespeitam  a lei e a ordem,  invadindo e depredando repartições públicas precisam ter um paradeiro.

Outra aberração inaceitável  são as famigeradas greves no serviço público. Ora, o patrão  do servidor público é a sociedade, é a população que paga impostos. Logo, a greve feita contra o povo é uma coisa inconcebível.

Digo mais, até mesmo a greve dos bancários, que em princípio deveria penalizar, pressionar ou botar os banqueiros contra a parede, acaba por fazer o jogo deles. No escuro de seus quartos os acionistas e diretores das casas bancárias (agiotas com alvará de localização), ficam felizes com estas greves que trazem benefícios para as instituições financeiras. Eles não perdem coisa alguma. Todos os prazos correm a favor deles (acionistas) e o dinheiro continua rendendo de forma imoral.

Volto à imprensa, para dizer que nada perdi com a troca do jornal dominical. Com o Estadão continuo contando com a inteligência, a verve, a cultura e a fina ironia do Veríssimo  e do João Ubaldo. E ainda passei a ter contato com outros ilustres articulistas, que não acompanhava, e que nos brindam com análises bem estruturadas, fundamentadas, sobre assuntos nacionais e internacionais, nos campos político, econômico e científico.

“O Estado de São Paulo” é um ótimo veículo de informação.

“O Globo” foi para a cama com os petistas , e como “não há almoço de graça” tem caroço debaixo deste angu”. E não é só a veiculação nas várias mídias das “Organizações Globo” dos mentirosos anúncios de obras governamentais e dos feitos pífios das empresas estatais.

E não deixem de assistir ao vídeo profético produzido pelo Duda Mendonça para o PT:
 http://jorgeifraim.blogspot.com.br/2012/10/video-profetico.html

4 comentários:

  1. Justiça seja feita, mesmo nos tempos mais duros do regime militar, Roberto Marinho acolheu nas páginas de "O Globo", jornalista e políticos sabida e assumidamente de esquerda, dando-lhes espaço para escrever.
    Tenho dúvidas se ele endossaria essa súbita mudança de rumos no jornal e demais veículos de suas Organizações.
    A linha do jornal, agora, é fisiológica, não de neutralidade e independência.

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  2. Antigamente se dizia que o trabalho enobrece e dignifica o homem. Hoje, viver dependente das diversas bolsas governamentais é uma praxe que atrai cada vez mais ociosos, malandros e preguiçosos espertalhões.
    Sustentamos um batalhão de improdutivos que votam com o PT.

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  3. Estou enforcado ..... balançando ...
    Não me sinto com forças sequer de comentar .....

    Já esmerdalhei hoje via Facebook da Isa uma situação de desordem urbana em Icaraí .... estou cansado ...

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  4. Prezado Carrano e frequentadores desse maravilhoso blog,

    Hoje escrevi no Facebook, que compartilho com minha esposa, meu último comentário/crítica à administração ou gestão da atual prefeitura de Niterói.

    Faz mal à minha saúde ( e por osmose à minha família) visualizar e sentir a desordem urbana sob os olhos de quem ganha para fiscalizar.

    Não aguento mais, e pior, não aguento mais ser uma voz que clama no deserto. Pouquíssimos curtem a crítica, ninguém compartilha. É aquela história do BEM deixando o MAL se instalar.

    Então não estou mais a fim de ser um babaca de um beija-flor personagem de fábulas contemporâneas. Que se foda TUDO, e que a GERAÇÃO mais jovem se vire e tome atitude no meu lugar ! Meu voto continuará NULO.

    Vou ficar, de hoje em diante, exclusivamente com minha família, minha guitarra e minha música, meus livros, meu whisky, minhas viagens, meu trabalho (enquanto curti-lo), minha motocicleta, com o papo virtual ou presencial com meus amigos e com o meu Fluminense.

    FLUi

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