26 de outubro de 2013

Benedito Calixto, o pintor, a praça


Entre as ruas Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde, no bairro de Pinheiros, na capital paulista, fica localizada a praça Benedito Calixto.
 
Aos sábados a praça, bastante arborizada e com uma quadra central para prática de esportes,  se transforma em uma grande feira de artesanato, antiguidades e obras de arte.

Comprei lá algumas coisas usadas, tais como xícaras de porcelana de várias procedências, algumas verdadeiras obras de arte, porque na época meu filho Jorge estava iniciando uma coleção de xícaras antigas.

Foi lá também que comprei muitos dos LPs, em vinil, que até hoje possuo. Não sei como algumas pessoas se desfaziam de raridades, registros fonográficos que eram verdadeiras relíquias. Como de praxe, fixava-me nos blues e jazz.


Depois de um certo tempo, fiz camaradagem com um dos vendedores de discos antigos e usados, de tal sorte que quando eu não conhecia, ele me permitia levar para casa para ouvir. Se eu gostasse ficava e pagava a ele. Se não, devolvia numa boa, sem problemas.

Mas eu era certamente um bom freguês.
 


Benedito Calixto, que empresta seu nome a o local, foi um celebrado pintor, como testemunha o autorretrato ao lado, como também astrônomo amador, assim como o confrade  Freddy, que frequenta este espaço como comentarista e redator de posts.

Eu morava pertinho, num apart-hotel, que estava fora do pool e por isso fiz com o proprietário aluguel mensal. Exatamente porque era bem próximo da praça, era possível pegar com o Walter os discos para ouvir em casa, e devolve-los, ou não, antes do encerramento das atividades da feira, por volta das 15 horas.

Mas era aos domingos, quando Wanda estava comigo, que mais aproveitava a praça. Como disse ela tem muitas árvores grandes, frondosas, onde habitam pássaros de várias espécies, mas em especial periquitos ou maritacas  ruidosas.


De sorte que, nas caminhadas matinais em torno da praça (não tinha o calçadão de Icarai), íamos ouvindo o alarido do bando de periquitos e os chamados dos bem-te-vis.


A ressalva que fiz, quanto ao fato da Wanda estar comigo é que como nossos filhos ficaram em Niterói, onde estudavam, ela administrava  as duas residências: a minha em São Paulo e a dos meninos em Niterói. A ponte-aérea era utilizada por mim, vez ou outra, e por ela, o mais das vezes.



Mal comparando, se a praça  César Tinoco, no Ingá, em Niterói, onde moro, fosse quatro ou cinco vezes maior, lembraria bastante, pelo arvoredo, pela presença de pássaros, pela existência e uma quadra de esportes e por ser local de ginástica dos idosos, a praça de São Paulo a que me refiro.

Haveria muitas razões para eu escrever sobre a praça Benedito Calixto, pois afinal residi nas proximidades por pouco mais de um ano. Mas há uma em especial, em razão de fato ocorrido no último final de semana, quando cruzamos com um menino com a camisa do Vasco. E Wanda lembrou de uma passagem nossa lá em São Paulo.

Como mencionei a praça Benedito Calixto tem uma quadra cimentada, onde principalmente as crianças jogam bola.  Aos sábados não é possível pois a praça é ocupada pela feira de artesanato e antiguidades, mas aos domingos elas estavam sempre presentes até pouco antes da hora do almoço porque depois chegavam os adultos, marmanjos que jogavam também no local.

Deu-se que num domingo daqueles da caminhada, vimos um menino de sus 6 ou 7 anos jogando com os colegas. Ele trazia vestida a camisa do Vasco. Quando ele conseguiu chutar a bola, porque como em toda pelada infantil todos correm atrás da bola, de sorte que onde ela está tem uns 10 ou mais tentando alcança-la, gritei VASCO!

Ele virou-se para nós e perguntou: você também é vasquense?

Depois de rir com meus botões, respondi zombeteiramente que não, eu era vascaíno. Ele não deu a menor bola e continuou correndo atrás da bola real que rolava na quadra.

Mas a coisa do vasquense entrou para o folclore da família, porque é óbvio que contamos o episódio aos nosso filhos, ambos vascaínos, como eu e Wanda.
Fazer o quê? Deve ser carma.

Imagens: todas colhidas no Google

11 comentários:

  1. Ressalvo que morei lá no início da década de 1990, o que significa dizer que as coisas podem ter mudado. Inclusive e feira.

    Não mencionei o espaço de gastronomia da feira, porque iria ferir a sensibilidade gustativa de alguns leitores. Por que? Porque minha preferência recaia nos famosos pasteis, vendidos em todas as feiras paulistas com grande sucesso.

    Algumas poucas pessoas que conheci localizam a praça como sendo na Vila Madalena. Fica a dúvida.

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  2. Para quem não conhece pelo nome, a praça César Tinoco, em Niterói, é aquela que tem na Praia das Flexas (ipsis verbis), no início da Rua Paulo Alves, no Ingá.

    Uma melhor comparação seria com o Campo de São Bento.

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  3. Acho muito interessante a feira dessa praça. Conheci-a por conta de ter da Rua Teodoro Sampaio, o polo paulistano de venda de instrumentos e equipamentos musicais, para amadores e profissionais.
    Tem uma variedade impressionante de itens, eu e Mary adoramos passear nesse tipo de feira. Permitam-me uma passagem curiosa.

    Frequentava com bastante assiduidade (antes da Lei Seca) o biergarten Bräun & Bräun, no distrito de Mury em Nova Friburgo. Seu dono é paulista (anotem isso), mas tem raízes lá na serra. Dentre os adereços diversos na parede, tinha umas garrafas prensadas, 3 delas, de rótulos que não me lembro no momento. Achei interessantes e ele me disse que eram importadas da Argentina, item muito exclusivo.
    Eis que dou de cara com o "item exclusivo" numa das barracas da citada feira. Perguntei ao simpático senhor:
    "-São importadas da Argentina?"
    Resposta:
    -Não, sou eu mesmo que as faço!"
    Hmmm, em São Paulo, que coincidência...
    Comprei uma da Weihenstephan.
    Em São Paulo tem (quase) tudo, não?
    Abraços
    Freddy

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  4. Por falar em nome de praça, o Campo de São Bento não consta de mapas. É o Parque Prefeito Ferraz.
    Quem? Onde fica isso? Não conheço!

    É o caso da Avenida Jornalista Alberto Torres. Quem? Onde? Ah! Praia de Icaraí, falou!

    Tem vereador cuja única proposta no mandato é colocar nome em rua, às vezes apenas trocar, como é o caso da Av. Estácio de Sá. Quem foi nascido e criado em Niterói sabe de onde estou falando. Pra quem não sabe é a atual Av. Roberto Silveira, que passa bem no Parque Prefeito Ferraz. Ah, sim, Campo de São Bento para os íntimos.
    Abraços
    Freddy

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  5. E a Rua Barros? Agora virou ministro Otávio Kelly.

    Você comeu o pastel da praça Benedito Calixto? Provavelmente não, pois parece não atender seu critério gourmet, não é Freddy?

    Em São Paulo, na praça da República, que fica na região central, tem (ou tinha) uma feira ainda maior.

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  6. E no MAM, na Av. Paulista, também tem feira de antiguidades.
    Helga

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  7. Carrano, não comi o pastel na feira da Benedito Calixto, mas saiba que é uma de minhas iguarias preferidas: pastel de carne com ovo cozido e azeitona!
    Frequentei bastante a feira de artesanato da Praça da República nos primórdios de meu emprego na Embratel. Quando a estadia era de duas semanas eu nem voltava pra Niterói, principalmente para curtir a feira (só abre fim de semana).
    Foi lá que eu comprei minha primeira "rosca" de ágata - depois passei a fã, tendo diversos obeliscos, esferas, cinzeiros e roscas de ágata, a maioria comprada em Caldas Novas - GO.
    Nessa feira também comprei 3 quadros e miudezas diversas, ao longo dos anos.
    Não conheço a feira da Liberdade, que dizem ser muito interessante.
    Abraços
    Freddy

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  8. Eu e a Isa caminhamos nos fins de semana até essa praça no Ingá. Às vezes até entramos nela para fazer alguns exercícios nos aparelhos de ginástica que tem por lá.
    Mas acabamos mesmo é dentro do supermercado Pão de Açúcar, que tem coisas interessantes para se levar para casa ..... rsrsrs. E voltamos da caminhada com sacolas de supermercado !!
    Pastéis !!! Sou fanático pelos de carne, e vivo experimentando (me arriscando) em tudo quanto é lugar.
    Não sei se vocês sabem, mas nos fins de semana, dentro daquele colégio no Campo de São Bento, tem também uma feirinha lá dentro, e bem lá no fundo tem .... os pastéis do Paulinho (o de bacalhau é excelente também) e os acarajés da Cláudia. Pra comer ajoelhado !
    Sempre que vamos a São Paulo vamos na Liberdade, no domingo pela manhã. Adoramos nos empanturrar com as guloseimas das barraquinhas japonesas, tudo feito na hora .... é imperdível.

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  9. Olá pessoal!
    Sim, Helga, no Museu de Arte de São Paulo também tinha, ou tem, feirinha. E, sim, Riva, na Liberdade (bairro oriental) também. Lá a Wanda comprava material de pintura, numa loja espacializada.
    Pelo visto o pastel da carne tem a preferência.
    Vale registrar que foi em São Paulo que fui apresentado ao pastel... de pizza. E não é que dá certo?
    O Pão de Açúcar do Ingá, tem variedade e qualidade, o preço, todavia, é acima dos demais supermercados. Mesmo sendo "Cliente Mais", que é um cartão fidelidade quwe dá desconto (bem razoável).

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  10. Pastel de Carne : ainda não comi nenhum tão gostoso quanto o de Campos do Jordão, o pastel do Maluf !
    Tem o tamanho de uma folha de papel A4 !!!
    O cara te pergunta :
    - Com ou sem ovo ?
    - Com, respondi.

    E o cara colocou um ovo frito inteiro dentro do pastel.

    É um almoço saboroso ! rsrsrs

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  11. Pão de Açúcar Ingá: a vantagem é ter itens de qualidade superior. Tipo aqueles que a gente compra. Não adianta ir a um Carrefour ou um SAM's Club e não achar a marca que você quer.
    Já fui muito de comer pastel em qualquer lugar. Comecei na Pastelaria Avenida no início da Av. Amaral Peixoto (ih, isso tem tempo, hein?), mas hoje sou bem mais seletivo...
    Não quero polemizar sobre o melhor, que ainda é o que Mary faz em casa. Mas na rua, defendo o do Pasteleiro, ao lado da Igreja de São Pedro, no centro de Gramado.
    Abraço
    Freddy

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