1 de junho de 2013

Saudosismo


 Por
Gusmão


Aqui neste blog o Carrano em mais de um oportunidade relembrou aspectos, lugares, casas comerciais, restaurantes, bares, enfim, coisas do passado, para a maioria, bem remoto.

Cronistas, em geral, têm o saudosismo como tema recorrente. O Artur Xexéo, por exemplo, no domingo que passou abordou sob o titulo “No meu tempo”, uma série de produtos, lugares, personagens e hábitos de antanho.

Ele menciona o tobogã da Lagoa. Aqui em Niterói tivemos em São Francisco. Só não lembro se ele – o bairro -  já havia perdido o Saco.


Eu preferia, quando tinha carro disponível, ir ao cinema – drive in – na estrada de Itaipú. Muito melhor do que esfregar a bunda no tobogã, era alisar a bunda da “namorada”, no drive-in.

Xexéo menciona que ia até São Conrado comer casquinha de siri, eu cheguei a ir para comer galeto “ao primo canto”, pois foi lá naquelas plagas que primeiro serviram o franguinho que ficou popular.

O cronista menciona as balas Toffee, das quais me lembro muito bem, pois na cantina do colégio vendia, naquela tradicional embalagem de papel azul marinho com bolinhas brancas. Não era assim?

Quando fala das emissoras de TV, revela que é mais novo do que eu, ou tem menos memória, pois menciona que existiam três canais de TV no Rio (TV Rio, TV Continental e TV Tupi) e eu alcancei a época em que só havia a TV Tupi. Em horário reduzido e saindo do ar a meia-noite.

Martine Carol
O citado crítico e cronista fala dos filmes proibidos até vinte e um anos. Lembro muito bem disso. E vocês pensam que havia sexo explícito? Qual nada, peitos e bundas eram o máximo exibido por algumas atrizes, inclusive a Martine Carol. Um pouco mais tarde, já na década de 1960, o cine Grill, que funcionava no térreo do antigo Casino Icaraí, atual sede da Reitoria da UFF, exibia muitos filmes franceses “impróprios” para menores. Hoje aqueles filmes seriam exibidos na sessão da tarde na Globo.

Enfim chego ao ponto que pretendia. Quando o Carrano lamenta estar sem tempo para manter o ritmo de um post a cada dia, pretendi demonstrar que existem recursos para encher linguiça e criar um post que prenda a atenção do leitor até o fim. Você, por exemplo, chegou até aqui.


Comente no espaço próprio abaixo, alguma coisa, algum personagem, algum produto que não exista mais e de certo modo lhe traga lembranças.

Tchau!

6 comentários:

  1. Amanhã vou na sua onda, Gusmão.
    Obrigado.

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  2. Tenho saudade do tempo que não havia blog (risos). Que saco!

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  3. São cada dia mais raros os corpos femininos recheados de curvas. A mais recente moda é a barriga negativa. Chegaremos rapidamente à moda cadáver, que já teve como precursora a famosa Twiggi.
    =8-/ Freddy

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  4. Anônimo,
    Como se dizia antigamente, no clima saudosista, vai se roçar nas ostras.

    Pois é Freddy, há que ter carne para segurar. Não confundir com gordura.

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  5. Gusmão,
    No post seguinte tem comentários do Freddy alusivos a este seu.
    Olha lá!

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  6. Acho que já escrevi algo aqui sobre isso, e se for escrever, vai levar um dia inteiro, porque sou um saudosista extremado.

    Tenho maravilhosas recordações de muitas coisas na infância e juventude, anos 50 e 60. Sei lá o que acrescentar ....

    Mas acho que o principal mesmo hoje, que comparamos e sentimos muita falta, é a qualidade de vida, em termos de segurança, escolas públicas muito boas, menos carros nas ruas, gasolina barata (rs), bailes maneiros nos clubes (nem sonhávamos com essa merda de Funk ... desculpem o termo, mas é o que de mais ameno encontrei para qualificar), ir e voltar de bicicleta para as escolas, poucos prédios nos bairros (quase todos moravam em casas), é muita coisa que tenho saudade mesmo !

    E para esquentar, retomo aquela frase que alguns amigos usam para expressar tudo isso : "Ah, que saudade dos tempos da ditadura" ...

    Pano rápido !

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