Aparando as arestas

Generalizei escrevendo que quem usa máscara é bandido e covarde. Bem, acho que ficou claro que me refiro as passeatas de protesto.

Sim porque muitos mascarados, na vida real e na ficção, são do bem.

Na ficção lembro do Zorro, por exemplo, que embora seja de origem nobre, é defensor dos pobres e oprimidos.

E todos os heróis da infância, como Capitão América, Homem Aranha e outros, que usam máscara  mas não são covardes, muito antes pelo contrário.

E tem os profissionais cujas ocupações exigem, por uma razão ou outra, o uso de máscaras. Vejam o piloto da foto.  A máscara  é um dos itens de sua segurança. Médicos as utilizam nas cirurgias, por causa de eventuais contaminações.

Até mesmo o carrasco usa um capuz, um gorro,  que não permite sua identificação, por causa da função, digamos, menos nobre que exerce.

Então façamos a distinção, a máscara, por si só, não faz o bandido. Mas todo bandido usa máscara. Não, já me corrijo, pois Renan Calheiros, por exemplo, não usa máscara.

Misturei a pena de morte entre os itens a serem incluídos  na imensa pauta de reivindicações da sociedade, não por oportunismo, não tem relação com os distúrbios.

Na verdade trata-se de um desejo antigo, fruto de opinião que sedimentei ao longo de muitos anos. E mantenho, com as ressalvas de sempre.

O telegrama acima, do falecido deputado Amaral Neto, defensor da pena de morte no Congresso, através do qual me cumprimentou por carta que enviei e a revista VEJA publicou, em defesa da pena de morte para alguns delitos mais graves, confirma que este meu pensamento é antigo.

Vale lembrar que o ex-deputado faleceu há 18 anos.