19 de fevereiro de 2013

ON ou UPON?


Depois da correção oportunissima feita  pela Erika em comentário ao post                     http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/02/almoco-na-segunda-feira-de-carnaval.html , no qual sem qualquer tipo de perdão, cometi um equívoco destes que não se consegue justificar e sequer explicar e que é melhor deixar p’ra lá, dar a volta por cima e tentar fazer uma limonada; venho contar o seguinte episódio real, acreditem, envolvendo o nome da cidade onde nasceu o Bill, autor teatral dos mais famosos do mundo.

Foi o seguinte: desde os folhetos e guias impressos turísticos que tive em mãos para preparar meu roteiro de passeios pelas cercanias de Londres, notei haver uma divergência na grafia do nome da cidade de Stratford-on-Avon. Ora escrita desta forma, ora escrita como sendo Stratford-upon-Avon.

Um pouco intrigado resolvi perguntar ao guia que nos conduzia no passeio, qual era o nome correto da cidade. Ah! P’ra quê! Ele fez uma cara de superioridade e me olhando do alto respondeu meio irônico,  : - “Tanto faz você dizer Stratford-on-Avon ou Stratford-upon-Avon porque dá no mesmo. A tradução é igual.”

Ora, a maneira como ele pretendeu explicitar minha ignorância da língua inglesa (e lá se fala inglês mesmo), deixou-me mordido porque não perguntei como se escrevia, ou se pronunciava, perguntei qual era o nome OFICIAL da cidade, constante de documentos históricos, por exemplo.

Lógico que há um modo oficial ou mais tradicional (no mínimo) de escrever o nome da pequena cidade.

Para me explicar, e mal comparando, seria como se um estrangeiro tendo visto escrito em algum lugar o nome de Niterói à moda antiga, e oficial, a partir de 1835 – Nicteroy – e me perguntasse qual era a maneira correta.

Eu não responderia que tanto fazia. Eu alertaria que Nicteroy era uma grafia antiga fora de uso, desde 1903  e que atualmente o nome da cidade é Niterói.

Então o cara, português que trabalhava como guia turístico numa agência londrina, me tirou por mais ignorante do que realmente eu sou a passo recibo quando o caso.

Acabei sem saber, e mesmo agora, ainda há pouco, quando lembrei deste episódio por causa do comentário da Erika, não encontrei em pesquisa na internet a resposta para  minha dúvida. OFICIALMENTE se escreve Stratford-on-Avon ou Stratford-upon-Avon.

Cartas para a redação do blog.

O tal guia – Tadeu – foi quem fez a foto na qual estamos eu e Wanda diante da casa do Shakespeare.


O blogueiro e sua mulher já com o souvenir comprado




A outra foto, feita por mim, mostra Wanda na rua principal de Stratford (existem muitas outras cidades de Startford qualquer coisa) revelando o quanto é pequena.

Wanda contrariada por ter que posar como modelo



9 comentários:

  1. Talvez a Wikipedia esclareça melhor a diferença: "Stratford-upon-Avon (pron.: /ˌstrætfəd əpɒn ˈeɪvən/, known locally as Stratford) is a market town and civil parish in south Warwickshire, England. It lies on the River Avon, 22 miles (35 km) south east of Birmingham and 8 miles (13 km) south west of Warwick. It is the largest and most populous town of the District of Stratford-on-Avon, which uses the term "on" to indicate that it covers a much larger area than the town itself." Ou seja, o local onde Shakespeare nasceu é Stratford-Upon-Avon, que fica em Stratford-On-Avon! Como diz o Ricardo: esses insulares!

    ResponderExcluir
  2. Seria como morar na cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo.
    É isso? Simples assim?
    :D Fernandez

    ResponderExcluir
  3. Contrariada? Sua mulher está com cara de quem está muita aborrecida. Não gostou do passeio?
    Conheço o local. Nesta rua estão o teatro e a casa de William Shakespeare aberta à visitação.
    Helga

    ResponderExcluir
  4. No meu entender, "on" é mais amplo, genérico, enquanto que "upon" é "bem ali em cima!".

    Se um gajo me joga uma pedra dessas, provavelmente o tempo ia ficar ruim no restante da excursão! Já me aconteceu em 1983 (e nem era um português) e o guia penou comigo dali pra frente.

    Entre outras, fi-lo cumprir a agenda e nos mostrar todas as formações de Vila Velha (Paraná) debaixo de um temporal. Nós e outro casal de guarda chuva, ele de capa mas molhado que nem um pinto e o restante do pessoal no ônibus, nos aguardando (chovia canivetes).

    Abraços
    Freddy

    ResponderExcluir
  5. Aproveitando, upon this post (rs) vou fazer um comentário rápido sobre o meteoro na Rússia.

    Como sou astrônomo amador, há quem ache que eu deveria fazer um post aproveitando o momento. No entanto, decidi que não é necessário.

    Farei, sim, referência a um texto meu postado no dia 09/04/2012 neste blog (Papo de Astronomia - o medo dos gauleses). Está tudo lá, tanto passagem de asteroides bem perto como a queda de meteoros. Estamos (sempre estivemos) no meio de um tiroteio cósmico.

    Poderia talvez acrescentar algum detalhe específico sobre este meteoro na Rússia, mas seria um pleonasmo. A mídia já dissecou o fato aos ossos.

    Abraço em todos
    Freddy

    ResponderExcluir
  6. Um comentário sobre a expressão da Wanda. Eu passo sempre por isso. Tenho a mania de fotografar exaustivamente todos os lugares que visito, mesmo já os tendo registrado anteriormente. Isso costuma atrasar o passeio, gerando grunhidos de insatisfação em quem me acompanha. Imagina então quando peço para posarem nas fotos?

    <:o) Freddy

    ResponderExcluir
  7. Freddy,
    Você não sabe da missa a metade. Não sou fotógrafo, mas sempre gostei de registrar fotograficamente os lugares por onde andamos viajando.
    E, pior, se estou em viagem rodoviária, gosto de documentar o trajeto fotografando as placas sinalizadoras de distância das cidades do percurso.
    Imagine sair de São Paulo (SP) para Salvador (BA), de automóvel e fotografar, desde a Dutra, as placas indicativas, em geral do DER, e depois pela BR101 passando pelo Espírito Santo e entrando na Bahia até Salvador.
    Por exemplo, parar na divisa ES/BA para documentar quanto já havia percorrido e quanto faltava para o destino.
    Exemplo: Feira de Santana a 15 Km. Em seguida Feira de Santana a 5Km.
    E tudo isso ou com a Wanda posando ao lado da placa ou os meus filhos quando estavam conosco.
    A placa simplesmente não me interessava.
    Bem, esta hitória é real. E mero exemplo.

    ResponderExcluir
  8. Isso então explica a fisionomia da Wanda?

    ;-) Freddy

    ResponderExcluir