24 de janeiro de 2013

Diálogos improváveis, possíveis e reais

Por
Gusmão
(rodneygusmao@yahoo.com)



Com a liberação da mulher, elas passaram, nos últimos 20 anos, a tomar a iniciativa. E coisas impensáveis na minha juventude estão acontecendo.

Vejam estas situações:
Um senhor, grisalho e circunspecto, dirige-se ao caixa  destinado às prioridades de atendimento, no banco, e dá-se o seguinte diálogo.
Cliente: - Bom dia, quero sacar R$ 10.000,00
Caixa: - Tudo isso? Vai viajar?
Cliente (que embora de aparência sisuda era um brincalhão, chateado com a indiscreta e  invasiva pergunta): - Não, vou gastar tudo com jogo, bebida e mulher.
Caixa: - Já tem a mulher?

Exagerei? Acredite que não. Leia este outro diálogo, numa loja que conserta gravatas, num Shopping de São Paulo:

Cliente:-  Quando ficarão prontas?
Atendente: - Dentro de cinco dias. (Vale explicar que eles abrem as gravatas, retiram o miolo, lavam e passam, recolocam o miolo e tornam a costurar o adereço. Ficam como novas. Se estão fora de moda porque são muito largas, eles diminuem a largura).
Cliente: - Pego com você mesmo?
Atendente: - É comigo mesmo. Eu largo às 22 horas.
Cliente (meio na galhofa): - E vai ser na minha casa ou na sua?
Atendente (só meio na galhofa): - Eu prefiro motel.

E este outro, no verão carioca de 1987:

Vindo, de carro, de um Congresso  no Hotel Nacional, ele estava muito elegante em seu terno cinza, camisa azul e gravata de seda na cor vinho. Como fazia calor e o sol brilhava intensamente, às 11:30 h daquela manhã, estava usando seu ray-ban. 

Fecha o sinal em plena praia de Ipanema (ou seria Leblon?). A mulher, vistosa, atraente em seus aparentes 25 anos, de sandália e trajando canga, com o belo colo à mostra, que aguardava para atravessar, olha fixamente para ele e comenta:
Ipanemense: - Você sabe que é bonito, não é?
Ele (se achando atraente): - Mas morrendo de calor.
Ipanemense: - Estaciona e vem mergulhar comigo. Vou te passar um bronzeado e um hidratante.

O sinal abriu para ele, que engatou a primeira e saiu sem se despedir, lançando apenas seu melhor e encabulado sorriso. Ela ficou aguardando, no meio-fio, que fechasse de novo o sinal, para poder chegar até a praia. 

Na linha improvável, impossível ou real, você escolhe tentando adivinhar:
Ele atende: - Sim!
A voz feminina: - Quero falar com o Sr. Jorge
Ele: - Quem quer falar com ele?
Ela: - Meu nome é Gabriela e sou do banco “Jurosescorchantes”.
Ele (de saco cheio de telemarketing): - O Jorge não está, foi levar um saco de carvão na esquina. Quer deixar recado?
Longo silêncio:-  Huuuuummmmmm
Ela (de novo):-  Quem está falando, por favor?
Ele:  É o Manuel dono da quitanda.
Ela: - Obrigado. Desculpe! 

18 comentários:

  1. Acho que vai pegar fogo .... :)

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  2. Acho inoportuno o tema, Riva.
    Quase pedi ao Gusmão para postergarmos um pouco a publicação.
    Neste momento as mulheres estão iradas comigo. Aliás, com todos os homens que frequentam este espaço.
    Minha irmã deixou até de falar comigo (momentaneamente).
    Com o tempo esquecem e perdoam.

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  3. Sério ?
    Caramba, eu levaria tudo isso na esportiva !
    Aguardemos .....

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  4. Riva,
    Você é um dos que mais lamenta a pouca participação das mulheres no blog.
    Pois bem, nós precisamos trata-las com pires de leite, como se fossem úlceras, como diria o Nelson Rogdrigues.

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  5. rsrsrs

    A propósito, estou lendo mais um livro sobre o terremoto de Lisboa em 1755, e acho que vou finalmente fazer uma síntese para o BLOG.

    Foi relamente um evento impressionante.

    Devo levar ainda umas 2 semanas.
    Abrs e Sds TETRAcolores

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  6. Sobre as mulheres estarem iradas com os homens que frequentam esse espaço, "inclua-me fora dessa" - como diria Romário.
    Se estiverem, é uma tremenda injustiça, dada minha campanha em favor delas, como dei testemunho no meu mais recente texto.
    Abraço
    Freddy

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  7. Freddy, você está se preparando para vereança ou algo similar nas próximas eleições ?

    Ou pisou na bola em casa e está querendo consertar ? rsrsrsrs

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  8. Riva,
    Ele admitiu, entretanto, no post seguinte, que algumas mulheres povoam o imaginário dele. Será que a Mary acessa o blog?

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  9. Em conhecendo o Freddy, acho que ele pisou na bola em casa .... rsrsrs.
    Desconheço esse Ivanhoé defensor das mulheres kkkkkkkkk

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  10. Complementando o tema : da Série "Humor com bobagem".

    http://www.humorcombobagem.com/categoria/homens-x-mulheres.html

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  11. Mary está na minha frente lendo os comentários (aliás, leu-os antes de mim, estou entretido em mais um post). Ela não é afeita a fazê-los por escrito, mas lê.

    Resumindo: ela sabe de tudo isso que eu escrevi, exceção do meu sentimento pela Daniella Perez. Meus livros de David Hamilton com nus artísticos e um do Richard Murrian (Reanna's Diaries) estão à vista de todos na estante de Friburgo.

    Ela sabe que adoro a Simone (ela também a acha bonita) e entende que eu realmente defendo as mulheres, até porque detesto homem! Ela vive a meu lado e testemunha meu comportamento - por vezes ganho uma bolacha por causa de uma olhada mais desavergonhada, mas a vida segue!

    :-) Freddy

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  12. Meus cumprimentos Mary,
    Nós todos somos lobos sem dentes. Não se aflija.
    Abraço

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  13. Vou tomar mais cuidado com o que escrevo ....

    Ôpa !!! ainda tenho dentes !!! rsrsrsrs

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  14. Propaganda sobre dentes, o blog só aceita com comprovação. A Isa está na linha? (rs)

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  15. Riv5 , digo, Riv425/01/2013, 15:57

    Acabei de colocar uma coroa na arcada inferior ! rsrsrsrs

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  16. Gente, uma confissão. Não tem ficção nestas historinhas. Tudo aconteceu mesmo, senão exatamente como escrevi, foi bem próximo.
    Esse cara sou eu (rs).
    Abraços

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  17. O que aconteceu com o Gusmão no caixa do Banco já aconteceu com um dentista nosso, na época um cinquentão gordo e bonachão. Ao passar as compras de supérfluos caros e variados, a caixa simplesmente disse, olhando-o ostensivamente, que "ela era uma pessoa muito carinhosa e dedicada, que adoraria compartilhar com um homem essa candura toda".

    <:o) Freddy

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