Carlos Frederico March
(Freddy)
Outro dia estava a partilhar de bons momentos com um amigo
que vem de longa data tentando diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas por
questão de saúde. É fundamental aqui esclarecer que o citado amigo não se
enquadra na classe dos alcoólicos crônicos e sim na daqueles que eu denomino “sem
vergonha”, dado que pára assim que tem vontade ou quando lhe alertam que talvez
já tenha passado de limites razoáveis, além do que pode estender sua
abstinência por vários dias.
Alcoólicos crônicos, por outro lado, são pessoas que não conseguem passar dia algum sem beber como
também quando começam não param a não ser quando inconscientes. É uma doença
terrível cujo controle necessita de enorme força de vontade e empenho pessoal,
além de acompanhamento especializado.
Não era nosso caso e estávamos, pois, degustando umas
cervejas. Conversa vai, conversa vem, ele me informa que se agradou da Oettinger
8.9 alemã, uma cerveja forte com teor de 8,9%
de álcool por volume e comercializada no Brasil em latas de 500ml. É sua
preferida do momento, e sempre que a acha em mercados refaz seu estoque
pessoal.
Eis que ele me pergunta: “- Freddy, dê-me um exemplo do
quanto de álcool eu estou a ingerir, com esse meu novo hábito de tomar cerveja
em vez de whisky ou vinho”.
Fiz uma conta rápida tomando como base seu gosto pessoal. 2
latas de Oettinger 8.9 perfaziam 1 litro de cerveja e continham 89ml de álcool.
Uma dose de whisky tem 50ml e contém cerca de 20ml de álcool. Aritmética
simples demonstra que as 2 latas de Öttinger equivaliam, em termos de álcool, aproximadamente
a 4 doses e meia de whisky!
Desnecessário dizer que ninguém fica sentado batendo papo e
tomando apenas 2 latas de cerveja. Digamos que ele tomasse 8 Oettinger 8.9 numa
tarde-noite de boa conversa. Era o mesmo que ingerir sozinho quase que uma
garrafa inteira de whisky (18 doses somam 900 ml)!
Para quem estava tomando cerveja para se livrar do hábito de
ingerir whisky, trocar por Oettinger 8.9 não me pareceu uma medida de bom
senso... Meu amigo ficou estarrecido!
Onde quero chegar com isso? Longe de mim pretender limitar o
quanto cada um deve, consegue ou quer beber num dia, ou noitada. O que me foi
perguntado e que gostaria de alertar é que a pessoa não deve se deixar enganar
por aparências. Álcool é álcool, seja ele oriundo de whisky, cerveja, vinho,
vodka, cachaça, licor... .
Eu adoro beber, mas tenho plena consciência do que estou
fazendo. Meu normal é tomar em média 2 doses diárias (em geral cerveja ou
vinho), mas naquelas “ocasiões especiais” procuro observar o meu limite. Eu me
conheço e sei que com 6 doses de whisky (120 ml de álcool) já fico meio alto.
Assim, sei também que esse limite corresponde a 3 caipivodkas duplas, ou cerca
de 7 longnecks de cerveja pilsen, ou ainda 5 garrafas de 500ml da excelente
cerveja Weltenburger Kloster Barock Dunkel, uma de minhas preferidas. Se optar
pela Anno 1050, mais forte um pouco, sei que meu limite baixa para 4 garrafas
de 500ml.
Simplesmente cuido de não ultrapassar essas quantidades.
Saúde!
Hic!Hic!Hic!
ResponderExcluirSaúde!
Não me vá vomitar no blog, Anônimo.
ResponderExcluirSe não sabe beber, não beba: chupe. Vai ser lançado o sorvete de cerveja.
Eu só tomo Itaipava, porque é o nome que sei pronunciar.
ResponderExcluirO mercado está cheio de cervejas com nomes impronunciáveis. No caso de reles mortais como eu.
Abraços
Freddy,
ResponderExcluirFaz 12 anos que não bebo destilados. Desde que regressei de São Paulo, onde morei e trabalhei alguns anos.
Minto, e já me corrijo, vez ou outra tomo uma caipirinha. Mas whisky, por exemplo nunca mais bebi.
Atualmente fico com vinho (mais no inverno) ou cerveja (mais no verão).
E do outro lado já bebeu?
ExcluirCarrano, no momento eu estou na fase de cervejas, tendo passado um certo tempo tentando entender vinhos, inutilmente...
ResponderExcluirComo observei no texto, eu gosto de beber, mas em quantidades bem pequenas. Detesto ficar meio tonto, o que me acontece já com quantidades pequenas.
Apenas como curiosidade, se me fosse permitido levar apenas UMA garrafa de bebida alcoólica para algum retiro, eu não optaria por vinho, cerveja, whisky, vodka... Eu escolheria o licor Bénédictine!
Abraço
Freddy
Freddy,
ResponderExcluirAtualmente são tantas as regiões vinícolas, tantas as castas vinificáveis (além das mais conhecidas, as autóctones) e tantos os rótulos que ficou dificílimo "conhecer" vinhos.
Algumas castas, como a cabernet sauvignon, estão dando bons vinhos pelo mundo afora. Tudo pasteurizado.
Abraço
Freddy,
ResponderExcluirSei que a Guinness, não está entre as suas preferidas. Mas está entre as minhas. Por essa razão "y otras cositas mas", estou com inveja (no bom sentido) se meu filho Ricardo, que ontem, domingo, às 23:50h embarcou com destino à Irlanda.
Amanhã, terça, certamente estará no restaurante panorâmico da cervejaria.
Vai aproveitar e aprender a tirar no capricho. Eles dão "certificado", tudo de brincadeirinha.
Hummmm!
Eu tomo Guinness, e sempre que a encontro a preço razoável no SAM's Club faço um pequeno estoque de meia dúzia.
ResponderExcluirDecerto não é uma cerveja que eu tomaria todo dia, mas de vez em quando me desce bem. E é bacana ver a lenta transformação da espuma em líquido, faz parte da curtição.
Abraço
Freddy
Em e-mail o Freddy pede para atualizar:
ResponderExcluir"Aproveito para atualizar Weltenburg Kloster. Talvez por questão de resposta do mercado sumiram os barris de 5 l (kegs) e as latas de 473ml. Pobreza..."
Caro Ansioso
ResponderExcluirComo o autor do post não está mais entre nós neste planeta, permito=me vir em seu socorro suscitando que se trata de erro material, desculpável e corrigível, que não leva a nulidade.
Matemática sem sentido...
ResponderExcluir1L dessa cerveja tem 89mL de álcool
1L do whisky mais fraco tem 400mL de álcool
É necessário beber mais de 4L dessa cerveja para se equivaler ao consumo de 1L de Whisky!
Fora isso, ainda há que considerar a tolerância, que aumenta de forma decrescente conforme a quantidade ingerida, então isso colabora mais ainda com o aumento do consumo da cerveja.
ResponderExcluirValeu!
Obrigado pelo comentário.