Por
Gusmão
(rodneygusmao@yahoo.com)
Melquior, ou Melchior, também conhecido no Chile como Melchor, decepcionado com Jesus, a quem foi visitar quando de seu nascimento, alguns séculos depois, mais precisamente no XIX, emigrou para o país andino e lá fundou uma vinícola.
Gusmão
(rodneygusmao@yahoo.com)
Melquior, ou Melchior, também conhecido no Chile como Melchor, decepcionado com Jesus, a quem foi visitar quando de seu nascimento, alguns séculos depois, mais precisamente no XIX, emigrou para o país andino e lá fundou uma vinícola.
E era tal seu desapontamento com Jesus, de quem muito se
esperava como salvador, que resolveu, de pirraça, dar ao seu vinho mais
conhecido, o nome de Casillero del Diablo.
Há 1880 anos, quando chegou a Judeia, já era um velho
decrépito, com setenta anos de idade. Astrônomo amador, como o nosso Freddy, curioso
com o surgimento de uma estrela muito brilhante (que não era a Madona),
caminhou em sua direção sem saber que seria inatingível, pois por mais que
caminhasse a estrela estava sempre a sua frente.
Em meio à jornada deparou-se com um estabulo onde acabara de
acontecer um parto desassistido em condições precaríssimas. O bebe estava numa
manjedoura, à falta de um berço. A vaca olhava decepcionada pois era
vegetariana e colocaram carne no seu prato.
Melchor, compadecido com a situação e preocupado com as condições de higiene, ofereceu um pouco da mirra que trazia. Aqui abro um parêntese para explicar que ele era um famoso “pai de santo” e a mirra que trazia era utilizada na gira.
Melchor, compadecido com a situação e preocupado com as condições de higiene, ofereceu um pouco da mirra que trazia. Aqui abro um parêntese para explicar que ele era um famoso “pai de santo” e a mirra que trazia era utilizada na gira.
Bem, como sabem a mirra é também um poderoso antisséptico.
Melchor, ou Melchior (ou ainda Belchior) lamentou não ter uma
graninha para ajudar no enxoval do menino, mas alertou que cruzara no caminho com
um jovem, de nome Baltazar, de quem os antigos amantes do futebol hão de se
lembrar, que tinha o apodo de “cabecinha da ouro”, grande artilheiro.
Pois bem, este Baltazar que estava a caminho tinha um
punhadinho de ouro e poderia, quem sabe, ajudar nas despesas (cartório de
registro, fraldas e chocalho).
Este ouro, o Baltazar, como bom bárbaro, mouro, conseguira
saqueando uma joalheria na Persia.
Enquanto Melchor explicava como utilizar a mirra, passou pelo
estábulo um jovem, de aparentes vinte anos, viciado em incenso, que cheirava
adoidado. Chamava-se Gaspar e, sem poder contribuir para a vaquinha (não o
animal), mas as doações para ajudar o menino que nascera dias antes, resolveu
dar um pouco de incenso sob a alegação de que era um barato, e além de tudo
ajudaria a eliminar o desagradável cheiro de estrume reinante no ambiente.
Baltazar chega, como já anunciado pelo velho Melchor. A aparência
confirmava que se tratava de um mouro, aparentando 40 anos de idade, barba
cerrada e tez escura.
Baltazar, a contragosto, cede o pouquinho de ouro que
guardara para sua aposentadoria.
Era dia 6 de janeiro, e já havia transcorrido 13 dias desde
o nascimento do menino. Discutiram com os pais que nome dar ao recém-nascido.
Cheirando o incenso, Gaspar espirrou. Maria gritou – “ai Jesus!” Pois ele espirrara
para cima do bebe. José ergue-se e comentou: “Jesus é um bom nome”.
E assim foi feito.
NOTA: muito pouco se sabe sobre os reis magos. Acredita-se
que eram 3 apenas pelo número de presentes, mas não há relatos bíblicos sobre quantos
eram, seus nomes, suas origens, suas idades e se, de fato, eram reis. Apenas
Mateus, em seu Evangelho, faz alusão, vaga, aos mesmos.
Consta que havia um quarto rei mago, de nome Artaban, que se perdeu e só chegou com Jesus já crucificado.
São Beda escreveu, séculos depois, sua versão, com nomes, idades e origens. Assim,
faço essa releitura dos fatos fazendo pilhéria, porque no Brasil, tirante
algumas manifestações folclóricas, como a “Folia de Reis’, ninguém leva a sério
os tais reis de araque. O único levado a sério, depois de Dom João VI, é o rei Momo. Quem é devoto de São Baltazar?
Em alguns países a troca de presentes é feita no dia 6 de
janeiro, e não no 25 de dezembro, o que faz muito mais sentido se levarmos em
conta o relatado.
Mais informações sobre Dom Melchor em http://pt.wikipedia.org/wiki/Concha_y_Toro
Mais informações sobre Dom Melchor em http://pt.wikipedia.org/wiki/Concha_y_Toro
Mensagens de protesto, iradas, com desaforos e pragas devem ser endereçadas ao autor do post e não ao blogueiro.
ResponderExcluirObrigado.
Procurado pela polícia do Uruguai devido a uma dívida em um hotel no país vizinho, o cantor Belchior foi visto em Porto Alegre na terça-feira (20). A reportagem da RBS TV gravou imagens do ídolo da MPB na capital, mas ele não quis conceder entrevista. (tirado do site globo.com)
ResponderExcluirMelchior e Belchior são a mesma pessoa ?
Carrano,
ResponderExcluirAcho que o anônimo captou o espírito da coisa: parabéns para ele.
Caramba, acho que tenho de tomar pelo menos umas 8 doses (whisky, cerveja, vodka ou mesmo Don Melchor) para seguir o raciocínio!
ResponderExcluirAliás, sobre Don Melchor, não precisamos da Wikipedia. Basta-nos consultar nosso blogueiro, um grande apreciador do mesmo!
Abraços
Freddy
Freddy,
ResponderExcluirSugiro a aleitura do post http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/11/teor-alcoolico-comparativo_19.html (risos)
Oito doses seria um exagero.
Pois é, Carrano!
ResponderExcluirPra entrar no clima desse post do Gusmão, só com 8 doses mesmo! (rs rs)