PORTUGAL - emoção, cultura e gastronomia (parte 2)

Por

Paulo March      

SANTIAGO DE COMPOSTELA – a duas horas e meia de carro do Porto

Atenção : aquele dispositivo de pedágio que mencionei acima não funciona nas estradas da Espanha. Você terá que pagar os pedágios de lá, que custam 3,50 euros nesse trajeto para Santiago.

Não sei até agora o que arrumei na viagem, porque acabei entrando na cidade de VIGO e nos perdemos ! Nem a nossa amiga do GPS conseguia ajudar. Fomos salvos por uma alma caridosa, num posto de gasolina, que nos guiou até a autopista para Compostela !! Não tem nenhum problema se perder em Vigo, mas nós tínhamos hora para a Missa do Peregrino em Santiago.

O Hotel Pombal em Santiago era realmente muito bem localizado, e como o do Porto, tinha uma parceria com um estacionamento próximo, com desconto de 15% na diária. Deixamos as malas no hotel e fomos direto para a catedral para a famosa Missa do Peregrino, aos domingos ao meio dia. Simplesmente de arrepiar qualquer um, independente de religião. A beleza da catedral externa e internamente, o clima reinante em seu interior (estava lotada), o som maravilhoso do seu impressionante órgão litúrgico, uma coisa !!

Catedral de Santiago de Compostela

Apesar de estar praticamente no mesmo meridiano do Porto e Lisboa, Santiago de Compostela é 1h mais tarde, por estar em território espanhol. Quase nos demos mal por causa desse detalhe, porque planejei chegar na missa do meio dia tipo 11h , e não sabia desse fuso horário.

Bem, uma beleza de cidade, super agradável, limpíssima, a parte histórica com dezenas e dezenas de lojinhas, bares e restaurantes. Muito legal mesmo. Valeu demais !

Lulas ao teriaki

Nossos restaurantes foram indicações da Jaqueline, uma brasileira que trabalha no nosso hotel. Mergulhamos nos mariscos/mexilhões e polvos da Galícia hehehe, regados a muito vinho branco e a Schweppes limão, deliciosa. Pratos variando de 8 a 40 euros (esse para 2 pessoas), todos muito gostosos e bem servidos. Ficamos direto nas ruas até 23h.

Dica de restaurante : Maria Castaña, pertinho da Catedral (Rúa da Raiña 19)– tem 2 ambientes : um mais sofisticado, fechado, e outro mais tipo barzinho, simples. Mas o cardápio e preços são exatamente os mesmos. Comidas super saborosas. Olha, sem exagero, as lulas ao molho teriaki nos levaram ao céu pela 2ª vez no dia !!

Isa, em Amarante

AVEIRO

Na 2ª feira, depois de um gostoso café da manhã no hotel, partimos de volta para Portugal, em direção a Aveiro, mas com um desvio perto do Porto para o interior, para a cidade de AMARANTE.

Nesse trajeto tivemos que abrir mão de visitar algumas cidades legais, mas o planejamento era para 12 noites. Com isso não fomos a Braga, Guimarães, Barcelos e Viana do Castelo. “Fica para outra” !! rsrs.

Amarante é pequena, e seu centro histórico muito bonitinho. Estacionamos e demos uma boa  caminhada pelos arredores, pela ruazinha principal, e conversando com um simpático senhor morador da cidade, fomos aconselhados a almoçar no Lusitania, com uma varandinha pendurada sobre o rio Tâmega ...... local super agradável e muito bonita a paisagem. Novo mergulho nos pescados da terrinha!

Seguindo viagem e dispensando a rota por Viseu (seriam mais uns 100 km), passamos por OVAR, para dar um abraço no primo da Isa, que mora lá com sua esposa. Infelizmente não estavam em casa (apesar de avisarmos que íamos ... acho que ele pensou que íamos jantar e dormir lá rsrsrs).

Aveiro, a Veneza portuguesa

Chegamos em AVEIRO às 16h, e nos hospedamos no Palace Hotel (de localização perfeita) que também tem uma parceria com um estacionamento bem próximo, a 5 euros a diária. Deixamos as malas no quarto e rapidamente fomos para as ruas para fazer o tradicional passeio de barco (os moliceiros) pelos canais da cidade (5 euros por pessoa), mundialmente conhecida como A VENEZA de PORTUGAL. É um passeio muito interessante, bonito, e o barqueiro dá uma aula sobre a história local.

Caminhada pelas ruazinhas da cidade, fotos, compras,  visita a um grande shopping local, e jantar no Moliceiro, boa indicação do hotel.

FÁTIMA e TOMAR

Mais um ótimo café da manhã no bom hotel em Aveiro, e partimos para FÁTIMA. Pela hora não dava ainda para almoçar, mas passamos no famoso restaurante Pedro dos Leitões, em Mealhada, pelo menos para uma foto em frente – tem que “marcar território” rsrs.

Nesse trajeto, devido ao planejamento, tivemos que dispensar uma visita ao Palace Hotel do Buçaco, que dizem ser muito bonito. E Conímbriga, que é um conjunto de ruínas romanas, a poucos quilómetros de Coimbra. Aliás, a cidade deve-lhe o nome. Fica para outra ! rsrs

Isa, em Fátima

Chegamos em FÁTIMA por volta das 10h. É um lugar especial, como todos sabem. Ficamos no local por umas 2 horas e meia cumprindo nossas “obrigações”, e almoçamos ao lado do santuário, depois de percorrermos algumas lojas para as tradicionais compras das lembranças. As ruas principais em Fátima estão em obras – novos traçados, e por isso está meio confuso chegar a um estacionamento próximo ao Santuário, mas conseguimos, e a custo zero.

Aqui um lembrete : sempre que estacionar em Portugal, procure o parquímetro próximo, coloque suas moedas e deixe o seu ticket no painel do carro, à mostra para a fiscalização. Não é caro, e esse procedimento é fundamental para não ser multado. Um euro dá para ficar um período bem razoável.

Castelo dos Templários

Seguimos então para TOMAR, bem próximo a Fátima, pois tínhamos reserva no Hotel dos Templários. O foco era a visita ao Castelo dos Templários. E que hotel .... !! Espetacular. O quarto parecia um apartamento, restaurante muito bom com ótimos preços, bar com excelente serviço no lounge, jardins lindos, um show de hotel. Único ponto fraco era o wi-fi que não estava ok para os quartos, somente no térreo. Consegui uma ótima promoção de estadia aqui por 78 euros, quando o preço normal é 130.

Vou escrevendo e me lembrando de detalhes, ok ?  Não reparem, mas fica até melhor escrever assim. Então lá vai mais um lembrete, sobre internet : não consegui fazer funcionar a internet 3G /4G do chip da VODAFONE no meu iPhone 4, em Portugal. Depois de muitas explicações, me disseram que a versão do software que eu tinha no iPhone (5.1.1) prejudicava essa operação, e que isso estava acontecendo com vários turistas por lá.  Foi frustrante, e com isso só usava wi-fi nos hotéis ou em hotspots. Sobrevivemos rsrs.

Outra dica : depois que fechar suas reservas pela Booking.com, continue de vez em quando a pesquisar os mesmos locais, pois sempre surge uma promoção ; aí você cancela a anterior e faz uma nova reserva, mais barata. Vais poupar muitos euros, eu garanto !

Subimos de carro para o topo da colina onde fica o Castelo dos Templários. Um belo castelo, e a visita dura mais ou menos uma hora e meia. No interior tem uma cafetaria (é assim mesmo que se escreve) para um gostoso lanche ou uma taça de vinho. Na volta, estacionamos no centro histórico da cidade, e percorremos a pé suas ruelas. A cidade é cortada por um rio, e tem jardins muito bonitos.

Vista de Tomar

Vista de Óbidos

ÓBIDOS

Nossa decisão no planejamento da viagem foi dispensarmos Coimbra (fica para outra rsrs), e visitarmos ÓBIDOS, nessa grande esticada de 250 km rumo ao Alentejo, para a cidade medieval de ÉVORA. Não se assustem quando falamos 250 km. A velocidade nas autopistas é 120km/h, e dá para dar 150 ou 160 de vez em quando. Mas é arriscado, pois se a polícia te pegar .... rsrsrs. O GPS avisa a proximidade de eventuais pardais.

Paulo, em Óbidos

Um detalhe : nas autopistas, todos os seus equipamentos elétricos de sinalização são energizados por placas com células fotovoltaicas ! Ah, tá ......

ÓBIDOS é uma beleza ! Simplemente linda !

Frango na púcura

Chegamos por volta de 10 horas, e estacionamos bem na entrada principal do Centro Histórico. O contraste da brancura medieval da cidade com o azul estonteante do céu .... demais !! Atravessamos a cidade a pé até sua fortaleza principal ao fundo, retornamos, passando pelas formosas lojinhas, bares e restaurantes, ruas todas floridas e recheadas de turistas, principalmente franceses. Isa traçou um frango na púcara medieval, uma espécie de jarra de barro ........ e eu fui de arroz de polvo. De entrada, sardinhas grelhadas.

ÉVORA e MONSARAZ, no Alentejo

E seguimos rumo ao ALENTEJO. A paisagem muda, assim como a temperatura, que sempre rodeou os 21 graus, e agora sobe bastante quando entramos nessa região. Os campos amarelados são ponteados pelo verde escuro de árvores frondosas, e um tipo de pinheiro bem “pontudo” que existe na região. Muito bonita a paisagem. Aqui também vemos milhares de árvores que produzem a cortiça (os sobreiros), bem como oliveiras. Portugal produz atualmente 50% da cortiça do planeta.

Isa passeando em Monsaraz

Vista parcial de Monsaraz

O casal de viajantes em Évora

Isa em Évora

Chegamos em ÉVORA, cercada por uma grande e alta muralha. Nossa reserva era no hotel Os Manuéis, bem no meio do centro histórico. Foi muito difícil estacionar, e só consegui com a ajuda do dono do hotel, colocando nosso carro numa vaga reservada a moradores da cidade.

Talvez  uma alternativa aqui seja se hospedar no ÍBIS, fora das muralhas, e se preparar para umas boas caminhadas para o centro histórico. Não é longe, para quem está acostumado a caminhar, e elimina esse problema do estacionamento.

Esse tipo de viagem que fizemos, com muitas paradas/hospedagens, requer o uso de malas pequenas, e assim fizemos, distribuindo nossas coisas em 2 malas menores, deixando uma mala “principal” para a arrumação final em Lisboa, onde íamos ficar 4 noites. No final da viagem, em Lisboa, estávamos com 4 malas ! rsrs ... o milagre da multiplicação ! kkkkk

Nota do editor: leia a primeira parte da narrativa em http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/10/portugal-emocao-cultura-gastronomia.html