Nas
duas margens, seja do lado galego, seja do lusitano, existe cultivo de uma uva branca, que resulta em bons vinhos varietais, na concepção correta de que
se utiliza apenas uma casta, e verdes.
A
pronúncia do nome desta uva é muito parecida
nos dois lados da fronteira, embora a grafia possa divergir. Em Portugal
escreve-se Alvarinho, na Espanha, Albariño. Assim como o rio que separa os dois
países ibéricos - Minho - tem seu nome grafado em galego como Miño.
Lembrei-me
desta particularidade de dois países fronteiriços cultivarem um mesmo tipo de
uva, produzindo, em consequência, vinhos muito parecidos, por causa de uma
matéria que li na "Revista O Globo", que circula encartada no jornal nas edições
dominicais.
Na
dita matéria é abordada a produção de rótulos de chilenos e argentinos, a
partir de uma mesma casta, produzida em ambos os lados dos Andes.
Não
faz muito tempo, quando falávamos de um Malbec, produzido aqui no continente,
associávamos de imediato a um vinho produzido na Argentina, onde esta vitis
vinícola se adaptou muito bem, resultando em vinhos premiados em feiras
internacionais.
Assim
como se falávamos de um Tannat imediatamente pensávamos em vinho uruguaio; e se
o rótulo fosse de Cabernet Sauvignon a chance de ser um chileno era muito
grande, em se tratando de vinhos de boa qualidade.
Agora
surge a informação (eu desconhecia) que do outro lado dos Andes também tem solo
adequado para plantação da Malbec, embora com algumas diferenças em relação a
da Argentina, segundo o autor da matéria.
Assim poderemos tomar malbecs chilenos, não precisando prestigiar os vinhos dos (argh!) argentinos.
Este
aspecto leva-me a uma época não muito distante, diria 15 anos, se erro será por
pouco, quando considerávamsos exóticos vinhos produzidos na Nova Zelândia ou na
África do Sul.
Um
pouquinho mais para trás, esta suspeita de ser uma coisa meio fora dos padrões
de qualidade aceitos no universo dos vinhos, encontramos o início do cultivo de
castas, em especial brancas, na Califórnia – USA. Seguiu-se a produção no
Oregon e agora, segundo noticiado, chegou a vez de Washington, o estado
do noroeste, não o Distrito de Columbia (DC),
capital.
Hoje
os brancos madeirados produzidos no terroir do Vale do Napa, são apreciados no mundo todo.
Vitis vinifera |
Mais
surpreendente, ainda, é que estamos importando vinhos de países sem qualquer tradição
enológica, como Eslovênia e Croácia.
Não
sei mais que regiões do planeta poderão cultivar vinhas, e produzir vinhos
considerados exóticos.
Este é um assunto para o Freddy, nosso mui estimado seguidor/colaborador, que em comentário recente
(http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/08/festival-internacional-de-folclore-nova.html) apontou a Festa da Vindima, da Vinícola Valduga, como boa opção de passeio pelo Sul do país.
Ultimamente percebi que venho apreciando muito mais as cervejas "exóticas", com isso querendo significar os tipos menos corriqueiros (como bock, weizenbock, red ale, amber ale, rauchbier, rubine, dunkel, märzen, abadia, IPA e por aí vai), que vinhos.
ResponderExcluirDecerto continuo desprezando as louras comuns (vulgarmente chamadas de pilsen mesmo sem o serem) mas notei que tenho mais prazer com uma boa cerveja gourmet do que com uma taça de vinho.
Vem aí mudança de hábitos!
Em tempo: minha bebida preferida de todos os tempos sempre foi o licor Bénédictine, na versão frapé (numa taça repleta de gelo em neve).
Abraços
Freddy
Em primeiro lugar é mais barato tomar cerveja. Mesmo considerando que as diferenciadas, principalmente importadas, nem são tão baratas.
ResponderExcluirEm segundo lugar, num país tropical, acaba sendo mais eclética, no sentido de que é adequada (na forma de chopp)para encontros nos bares, churrascos familiares ou nos clubes e as latinhas são encontráveis nas praias e até engarrafamentos de trânsito às margens das estradas.
Abraços
Falta falar de jogo (roleta, carteado) porque dos outros vícios dos homens já falaram: mulher e bebida.
ResponderExcluirA conversa é longa. Em primeiro lugar, quero ressaltar que minha vontade de voltar ao Vale dos Vinhedos continua inalterada, além de que visitaria vinícolas por onde andasse - por exemplo gostei da Concha Y Toro quando em Santiago do Chile e gostaria imenso de visitar as de Mendoza, na Argentina.
ResponderExcluirNo entanto, no embalo do Gusmão, quero também ressaltar que detesto cervejas comuns. Essas mesmo que ele cita - consumidas à vontade em almoços, bares, churrascadas. Quando muito tomo chopp com amigos (confraternizando), mas não me pilhará dizendo "vou ali tomar um chopp". Ultrapassei essa fase.
Meu negócio com cerveja é outro. Só gourmet. Ou ao menos as tipo "me engana que eu gosto", como as já nacionalizadas Heineken e Stella Artois.
Acho, ao contrário do que Gusmão afirma, que sentar para tomar cerveja Gourmet num bar especializado pode aliviar sua carteira tanto quanto tomar sozinho uma garrafa de um vinho mediano (p.ex. 100 pilas por cabeça).
Bom fim de semana
Freddy
Ah, uma informação importante. Vivemos no Brasil, país de mentiras e engodos. Grandes conglomerados costumam comprar marcas emergentes apenas para aproveitar-lhes o nome e fama.
ResponderExcluirA SCHINCARIOL (argh)comprou as excelentes cervejarias EISENBAHN (SC), BADEN BADEN (SP) e DEVASSA (RJ). Prezo demais a Eisenbahn - que produz uma grande gama de rótulos, mas já senti perda de qualidade em alguns. A Baden Baden Cristal (pilsen) definitivamente não vale mais o preço abusivo.
Relacionado à Devassa, a Schin fez coisa pior: vende uma Schin pilsen comum (argh) sob o nome Devassa Bem Loura, anunciando-a com lindas garotas. Meno male que pelo menos inventou um nome novo, mas quem prova a Bem Loura vai pensar três vezes antes de pagar o preço das especiais Loura, Ruiva, Negra, Índia e Sarará, algumas das quais são (eram) vendidas só nos bares temáticos da Devassa sob a forma de chopp.
Abraço
Freddy
Acho que não fui compreendido. Fiz a ressalva de que cervejas diferenciadas nem são baratas. Mas comparando mesmo nível de qualidade, o vinho é mais caro.
ResponderExcluirO vinho pode acompanhar uma refeição, já a cerveja dificilmente harmoniza com um bom prato de peixe, caça ou massa.
O problema é que nos restaurantes onde existe adega climatizada, com boa carta de vinhos, os preços costumam ser extorsivos. Nas casas onde o vinho não recebe os mesmos cuidados de conservação, manuseio e guarda, bebe-se vinho ruim, fora de temperatura de serviço adequado e até em taças impróprias.
A cerveja ou chopp, até em biroscas que tenham boa serpentina ou geladeira, dá para tomar.
Eu prefiro as duas bebidas, cada qual no seu momento e no seu local ideal.
Abraços
Amigos Freddy e Gusmão,
ResponderExcluirUma dose generosa de razão para cada um (já que falamos de bebidas), vai muito bem, com ou sem acompanhamento.
Lamento que os conhecimentos do Freddy sobre cerveja não tenham sido demonstrados num post de caráter didático para aqueles que, como eu, não estão muito atualizados com as ofertas disponíveis no mercado.
Mas ainda há tempo,Freddy.
Abraços
Isso é conversa de bêbado.
ResponderExcluirSe o assunto, depois do vinho, é cerveja, sugiro o site www.edelbrau.com.br
ResponderExcluirMas, após a visita, chame um táxi pra levar você de volta pro hotel ou pousada ou pro aeroporto ou, se for o caso, retorne ao seu ônibus de turismo.Bem entendido?
Não dirija; seja dirigido após regalar-se.
Olha aí, Freddy, boa dica para você que costuma visitar a Serra Gaúcha.
ResponderExcluirAbraço
Malbec é perfume do Boticário.
ResponderExcluirIh, isso dá quilômetros de comentários ou, como sugeriu Carrano, um ou mais posts. De momento:
ResponderExcluir- Edelbrau (Nova Petrópolis) me lembra Carrano, que duvida que cervejarias artesanais tenham qualidade similar à de grandes produtores
- Em Gramado tem a Raser, que apesar da linda garrafa de porcelana não chega a agradar o paladar (ponto para o Carrano)
- ao contrário de certas pessoas eu adoro beber mas detesto ficar bêbado. Sou daqueles que aprecia beber de 1 a 4 ao longo do dia. Conheço quem beba apenas uma vez por semana ou mês mas sai carregado...
- quanto a se beber não dirija, não me lembre... Ontem mesmo fui a uma animadíssima festa familiar no Rio e bebi apenas refris... Minha esposa não dirige e táxi ida e volta de Icaraí ao Meier? => prefiro não beber!
Abraços
Freddy
Freddy,
ResponderExcluirA Revista VEJA Rio que está circulando desde ontem (sábado) tem uma matéria sobre o que eles chamam de recipientes.
Copos, taças e canecas mais utilizados para este ou aquele tipo de cerveja. Você leu?
Abraço
Não li, alguém comentou comigo. Deve ser como nos vinhos. Na maior parte das vezes, é mera tentativa de forçar os incautos a gastar dinheiro comprando itens de utilidade questionável. Subproduto de sociedade capitalista.
ResponderExcluirAbraços
Freddy