Noutro
dia escrevi sobre uma croniqueta que cometi há tempo, na qual colocava um
vizinho, personagem real, numa situação imaginária.
Foi
num momento em que aprendendo sobre vinhos e diferentes castas, ao mesmo tempo
em que me familiarizava com o vocabulário de informática e raças caninas,
imaginei o que aconteceria com a cabeça do tal vizinho, pouco dotado de inteligência
e nada dotado de cultura. Embora bem-sucedido empresário.
Pois
bem, por causa do bóson de Higgs que domina as manchetes e tem sido alvo de reportagens
em várias revistas, fiquei matutando sobre outras palavras, alem de bóson, mas
ligadas ao tema : fóton e glúon.
Que diacho vem a ser isto?
Achei
uma explicação (?) para a palavra, que em nada ajudou na compreensão do que
seja esta coisa e sua importância.
O
bóson é uma partícula que possui spin inteiro e obedece a estatística de Bose-
Einstein. Entendeu? Nem eu.
Há
exatos 20 anos, quando da ECO-92, ou
Rio-92, ou Cúpula da Terra, precursora da Rio+20, que agora terminou, os
jornais estampavam uma palavra nova, pelo menos para mim, à época: cimeira.
Lembram? Pois é, alguns jornais colocaram em manchete “Cimeira da Terra”.
Pergunto
com este “lembram?”, se recordam da palavra utilizada na imprensa, e, também,
seu significado.
Esta
é mais fácil do que bóson. Tem em qualquer dicionário que se preze. Cimeira é o
mesmo que Congresso, Conferência, Reunião de Cúpula (de chefes de Estado), ou
Encontro de Cúpula, ou simplesmente Cúpula. Só que menos usual. Mas pode
acrescentar ao seu vocabulário. Está lá no Aurélio e outros dicionários.
Com
tsunami deu-se o mesmo. Já ouvira e vira imagens de maremotos, terremotos,
tufões e furacões, mas nunca, jamais, tsunamis. Foi preciso o devastador
ocorrido no Japão para que a palavra fosse incorporada ao meu vocabulário.
Tsunami,
palavra de origem japonesa (“onda de porto”) constitui uma série de ondas gigantescas,
com muita carga de energia, provocadas por sismos, erupções vulcânicas ou
explosões marítimas, acima ou abaixo da água.
Estas
palavras não são novas. Mas durante minha infância e adolescência jamais
as ouvira ou lera.
E
você que generosamente acompanha este blog, lembra de alguma palavra que de
repente surgiu e surpreendeu por ser de uso incomum ?
Servem
algumas de dialetos profissionais, tais como peculato, cefaleia, fadiga de
material e outras corriqueiras para os das áreas respectivas, mas absolutamente
desconhecidas dos comuns dos mortais.
Uma palavra de uso recente, até porque nunca tivemos antes uma : Presidenta.
ResponderExcluirOutra palavra reletivamente nova em nosso vocabulário é importada: gay. Antes era veado, bicha ou homossexual, dependendo do ambiente em que estivessemos.
Abraços
Outras palavras e expressões relativamente novas poderiam ser telefonia celular e tela de plasma.
ResponderExcluirO que significa celular? E plasma?
Também foram incorporadas recentemente. E a gente repete sem saber o significado.
Anônimo,
ResponderExcluirVocê pegou o espírito da coisa, mas veja que estas palavras estão num universo próprio, assim como ortomolecular, ressonância magnética e tomografia estão em outro, e que falamos como se tivessemos a maior familiaridade com o que significam.
Há alguns anos conhecíamos o RX ou radiografia e olhe lá.
A primeira vez que ouvi falar de medicina ortomolecular, e não faz tanto tempo, surpreendi-me tanto quanto quando no outro dia ouvi bóson.
Melhor explicando. A chance de eu falar bóson numa conversa descompromissada é de zero. Porque não sei do que se trata será inusual.
ResponderExcluirCimeira é inusual porque é mais fácil falar congresso ou seminário.
E tsunami usarei pouco, espero, poque estes fenômenos (desastres)naturais ocorrem com pouca frequência.
Acho que tudo é questão de estar ou não acostumado ao contexto. Pra mim bóson, quark, teoria das cordas (relacionados com física quântica), celular (faz referência à maneira de permutar regiões de transmissão/recepção de sinais de telefonia sem fio), plasma (um interessante e pouco conhecido estado da matéria), tomografia, ressonância, etc, são palatáveis.
ResponderExcluirNo entanto basta entrar o jargão dos advogados, ou dos economistas (que adoram usar palavras em inglês), e eu voo alto! Para azar meu, é cotidiano nas manchetes atuais (e textos relacionados) por conta de desmandos e escândalos diversos.
Aliás, gostaria de conhecer um pouco mais sobre créditos de carbono, expressão muito em voga hoje em dia.
Abraços
Freddy