Se trato de política, inevitavelmente alguém aparecerá dizendo que detesta política, não opina porque não acompanha.
Quando abordo religião, como
pretendia fazer hoje, outro alguém vem, em comentário, dizer que religião não
se discute. Cada qual deve respeitar a do próximo.
Eu
pretendia comentar o que palpitei neste espaço, sem dado algum, de que a
religião católica está perdendo freguesia. A olhos vistos. Agora o censo do IBGE revela em números contundentes, que o número de católicos diminuiu em 10 anos em 1,6 milhão de fieis. É muita gente. Enquanto os evangélicos cresceram muito, já sendo majoritários em 11 municípios no Estado do Rio. O censo registrou que no estado o número de católicos é inferior a 50% (caiu de 56% para 46%). Em Niterói ainda é superior a 50% da população. Até quando?
Como religião não se discute
e sou, até prova em contrário, ateu não praticante, apenas registro aqui para
me lembrara no futuro.
A
propósito de ser ateu, ri muito, intimamente, na primeira sequência do filme “Para
Roma com Amor”, na qual o Woody Allen aparece num avião, em zona de
turbulência, sentado ao lado da esposa (personagem) e comenta: “não gosto de
turbulência porque sou ateu”.
Por
isso sou fã incondicional do humor dele e muita gente não gosta. A piada é sutil, inteligente.
Se
o assunto é futebol, o mais das vezes, as opiniões divergem, o que seria
estimulante, se não fossem passionais.
Não
adianta eu dizer que o Alecsandro é perna-de-pau, se vem alguém e argumenta que
ele é o artilheiro do time. Como se uma coisa tivesse a ver com a outra.
Ele
foi artilheiro do campeonato carioca 2012, empatado no número de goals com
ninguém menos que Somália, seja lá quem for este jogador, certamente tão pobre
de futebol quanto a república africana que lhe confere o nome é de poder econômico (222ª em renda per capita).
Alguém
aí quer o Somália como titular do seu time? Então não me venham em defesa do
Alecsandro.
Eu
vi Ademir Menezes, gente! Vi Vavá, vi Pagão, Coutinho, Reinaldo (do
Atlético-MG). E vi Toninho (Santos e São Paulo).
Então
eu sei o que é um centroavante goleador,
a propósito dos quais Dada Maravilha (“peito de aço”), folclórico
artilheiro de várias equipes, tem uma tese. Segundo ele um time tem nove
posições e duas profissões: goleiro e centroavante. Falou e disse.
As
mulheres – algumas – acham que somos (blogueiro e participantes) machistas, e
reclamam sem parar. Implicaram até com as musas que elegi.
Quando
ousei colocar imagens de mulheres mais, como direi, despidas, fui censurado
veementemente.
Poesia
esbarra na insensibilidade de muitos, inclusive a minha. Perdão, poetas (amigos
e parentes), mas abro espaço porque afinal
o blog é multifacetado, abrangente, genérico, sem preconceitos. Vai que
um poema ou outro é entendido, porque não muito hermético, e agrada a gregos e
troianos.
Quando
tratamos de heavy metal gótico melódico, a maioria não se entusiasmou pelo
estilo. Nem pelas musas deste gênero, indicadas pelo Freddy.
Se
o assunto é jazz, o problema é meu, pessoal, porque sou radical, e não gosto
muito do que os especialistas entendem
como elemento fundamental: a improvisação.
E,
ademais, jazz não é um gênero, é um estilo de execução. É um modo de tocar,
seja um samba, seja um fox, seja até um chachado.
Samba
é tido como coisa menor, da classe “C”, e não repercute no blog. Nem com as
letras que, a meu juízo, são muito bem feitas, nem com os sambas de enredo
antológicos que publiquei.
Tentamos,
por sugestão do Riva52, escrever em inglês (ele mesmo o fez) para tentar atrair
os estrangeiros que, segundo as estatísticas geradas pelo Blogger (programa de
edição) acessam o blog em número bem razoável. Infrutífera tentativa, os
indicadores de acesso mantiveram-se nos níveis em que estavam.
É
dura a vida de blogueiro que pretenda agradar aos leitores. E, a julgar pelos
comentários de que tal assunto é enfadonho, não se discute religião e futebol,
política eu não acompanho, e tudo o mais que mencionei, a pergunta que cabe é a seguinte: afinal quem lê este blog?
Ora, a única coisa indiscutível é que tudo na vida se discute. Agradar a todos e chegar a um consenso é que são elas. Mesmo que não haja nada de novo no front.
ResponderExcluirCorreto, Ricardo. Não há consenso nem em relação a Deus, não é mesmo?
ResponderExcluirMas o ponto que pretendia ter tocado é o da falta de opinião, ou da recusa ao debate, por esta ou aquela razão.
Então quando a pessoa coloca a premissa de que religião não se discute, está construindo um muro protetor para se preservar, não se expor. Os motivos não estão em discussão, aqui e agora.
Nesta linha, quando vejo resultado de pesquisa na qual há um certo percentual de pessoas que não souberam ou não quiseram opinar, acho muito estranho.
Não ter opinião deve ser muito chato.
Abraço
Eu leio. E tenho opinião. E discuto religião e política. Mas quem, nesse blog, tem conhecimento e cultura para manter um debate em alto nível. Talvez sobre futebol e olhe lá.
ResponderExcluirPor que leio? Deixa p'ra lá...
O comentário acima, de Anônimo, peca pela generalização. Quando diz "quem nesse blog", estaria aludindo não só ao blogueiro como incluindo participantes, seguidores e debatedores habituais.
ResponderExcluirE ai reside um enorme equívoco. Se não todos, para fugir ao exagero, diria que a quase totalidade dos habituais frequentadores tem sim cultura, conhecimentos gerais e inteligência suficientes para manter um debate de ideias em bom nível.
Por outro lado o comentário alertou para um fato interessante. Os inibidos, envergonhados, ou que não podem ou não querem se expor, sempre terão a opção do escudo do anonimato, prevista no envio.
Como você faz, Anônimo, se és o mesmo que tem comparecido com comentários ácidos, agudos, irônicos, os quais, ao contrário do que possa imaginar, agradam-me sobremodo.
O inconveniente de assinar anônimo é este: igualam-se pessoas díspares.
Carrano, faço minhas as suas palavras. Acho que o Anônimo deu uma "escorregada" nessa ...
ResponderExcluirSds TRIcolores Riva
Gosto do blog porque me aproxima de pessoas. Sem me dar conta, já "conheço" o Gusmão, o Luvanor, o Ricardo dos Anjos, a Helga, o outro Jorge Carrano (rs rs)... Riva não vale, né, já lá vão 60 anos!
ResponderExcluirÉ bom ler os textos, fazer textos também, papear via comentários, debater assuntos sem hora marcada, às vezes em madrugadas insones. Diria que o blog passou a ser quase indispensável (!!).
Acho que os temas, como o nome do blog apregoa, devem continuar a ser variados. Se não caiu bem => paciência, aguardamos outro dia. Não se pode agradar a todos.
Abraços
Freddy
Obrigado aos irmãos March. Não pessoal, não escrevi errado. Não são os Marx: Groucho, Gummo e Zeppo.
ResponderExcluirSão os March mesmo.
Abraços
Taí, como sou também um anônimo inconfundível na multidão, bem poderíamos começar a discutir sobre o Anonimato dos Anônimos. Com mergulhos epistemológicos em alto nível de dialética. Apesar de mergulho pressupor pra baixo. Um pra baixo de alto nível, como propôs o primeiro Anônimo.
ResponderExcluirE viva a diferença dos incultos!
Anonimous
Vejamos Anonimous, para começar, epistologia é um bom tema por sua formação. Trata-se de um vocábulo composto de duas palavras de origem grega: "epistéme", significa ciência; e "logía" significa estudo.
ResponderExcluirAliás que dialética também vem do greco, com passagem pelo latim.
Por que, caro Anonimous, duas linguas cultas, manejadas por importantes filósofos, doutores e mestres em diferentes artes, que tanto influenciaram o mundo ocidental, perderam sua expressão. Não se impuseram, como o inglês nos países sob o jugo da coroa britânica? Uma desapareceu e a outra está confinada em um pequeno conjunto de ilhas ?
Abraço
Nossa! Num sábado, esse papo epistemológico? Você não quer leitores (risos).
ResponderExcluirBem, o latim deixou descendentes importantes e ainda vivos:francês, português, espanhol, romeno; galego e outras.
Já o grego não sei se tem filhotes, bastardos ou legítimos.
Bom final de semana.
Abraços
Língua? Gosto com agrião. Se for defumada, pode-se comer com purê de batata baroa.
ResponderExcluirTem um doce chamado língua de sogra.
E tem a minha língua ferina, que não é comestível, e desagrada a gregos e troianos.
Língua não se discute, assim como religião, política e futebol.
Caro Anônimo,
ResponderExcluirSe não estivesse tão carente de leitores e debatedores no blog, teria deletado seu comentário, sem publicá-lo.
Volt sempre, com língua ferina, afiada, ou não.