8 de junho de 2012

Sterling Cooper


Esta é a razão social da agência ficcional de publicidade, também, obviamente, o nome dos sócios fundadores. Esta agência ambienta a série americana Mad Men, ainda no ar pelo canal HBO, na TV por assinatura, e que estreou nos USA em julho de 2007. Está, portanto, em sua 5ª temporada, tendo conquistado vários Emmy Awards e Golden Globes, como melhor série dramatica.

Alguns dos personagens
Assisti com muito interesse os 52 episódios, referentes as 4 primeiras temporadas e já disponíveis nas principais locadoras. Em Niterói na Cahú Vídeos.

Trata-se de uma série que mistura amor, paixão, ambição, traição, lealdade, amizade, sexo, bebida, droga, política e poder econômico, nos Estados Unidos dos anos 1960, tendo como cenário principal uma agência de publicidade localizada na sofisticada Madison Avenue, em Nova Yorque.


O personagem principal, inicialmente era apenas um talentoso profissional da área de criação, com emprego garantido em outras agências se pretendesse mudar. As circunstâncias abreviaram  o que seria inevitável, fazendo-o sócio da agência.

Este caminho trilhado pelos profissionais da área de criação é normal, inclusive no Brasil, sendo o caso mais celebrado o do Washington Olivetto.

Conheci alguns profissionais de propaganda na década de 1970, em São Paulo, quando lá residi, por conta de dois amigos que atuavam na área. Por isso sei  o quanto eram reverenciados os bons diretores de criação, como eram paparicados, imitados, excêntricos em sua maioria, e muito bem remunerados, como por exemplo Neil Ferreira, um dos mais badalados então. A criatividade , as ideias, são os valores  que definem o perfil da agência. E atraem clientes e geram receita.

Pois bem, em Mad Men o personagem central – Don Draper – interpretado pelo ator Jon Hamm , é coordenador de criação e como já antecipei se transforma em diretor e sócio, com seu nome na porta e na denominação da firma.

Em abril de 2010, publiquei aqui um post sobre um escritório de advocacia, locação principal de uma série intitulada Boston Legal, exibida no Brasil com o nome de “Justiça sem Limite”.

Daria para fazer um paralelo entre as duas séries, sob o ponto de vista das relações entre os sócios, das divergências, das invejas, das disputas por espaço, do assédio as mulheres. Leiam, querendo, o comentário sobre Boston Legal aqui: http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2010/04/denny-crane-e-alan-shore.html

Os ambientes, nos dois casos, são sofisticados, tendo como cenários secundários bons hotéis, restaurantes e clubes. E carrões, aquelas imensas banheiras bebedoras insaciáveis de gasolina, mas que propiciavam enorme conforto e muito status.

Há relação de amizade, com demonstrações de lealdade entre sócios e funcionários, da mesma sorte  que há muita bebedeira, muito sexo e, principalmente, muita fumaça de cigarro.

Não fora a principal cliente, conta mais importante da agência, com verba de milhões de dólares, uma empresa tabagista - Lucky Strike.

Na passagem do tempo a série vai assimilando e incluindo no roteiro os fatos históricos, com imagens reais, tais como eleição de Kennedy, o famoso discurso de Martin Luther King, o cerco da Baia dos Porcos, e fala sobre e  exibe muitas campanhas de produtos de consumo que existiam e dos veículos de comunicação mais importantes, tal como a Reader’s Digest.



Notas do autor: 1)  Se, como diz Pessoa, apud Ricardo dos Anjos, o poeta é um fingidor, as firmas de advocacia e de publicidade são fingidoras extremadas.
           2) Peguei carona no tema "séries de televisão", que vem sendo desenvolvido pelo Gusmão, apenas para remeter, fazendo paralelo, ao que escrevi em 2010. Devolvo a ele a bola do jogo.


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