Caixinha de surpresas

Essa locução vai pegar, não acham? Já pegou no que concerne ao futebol.

Pegou e virou lugar comum entre comentaristas esportivos e frase feita nas discussões futebolísticas nos bares, e nos quintais e lajes onde se realizam churrascos, entre amigos, parentes e vizinhos.

E o fato de que a cada competição, nacional ou internacional esta máxima se confirma, é inconteste.

Como explicar que o Palmeiras, desacreditado e um dos lanternas do Campeonato Brasileiro, numa partida válida pela Copa do Brasil, vá até Porto Alegre, enfrentar o Grêmio, tido e havido por toda a crônica especializada como virtual campeão desta Taça, e vença o jogo?

Surpresas como esta só mesmo o futebol pode propiciar. E o Grêmio praticamente deu adeus a competição. Se conseguir reverter e ganhar em São Paulo a partida de volta, será a confirmação da caixinha de surpresas.

Cristiano Ronaldo, eleito o segundo melhor jogador do mundo, com justiça,  defendendo a seleção portuguesa na Eurocopa, perde dois goals incríveis, sendo que um deles até o Diego Souza faria.

Logo em seguida a Dinamarca empata o partida. Ai o técnico de Portugal faz entrar em campo um Varela, espécie de Alecsandro em matéria de habilidade, e que passou do ponto na cor, recebe uma bola de frente para a meta adversária. Dá um chutão com a perna esquerda e erra a bola (dizemos furou, na linguagem especializada), mas a bola, porque bateu nele, fica ali oferecida para novo chute, desta feita com a perna direita: e  o Varela acerta a bola, que entra caprichosamente no cantinho da meta dinamarquesa. E Portugal vence por 3x2.

Conclusão, um mero figurante de nome Varela, perna-de-pau de carteirinha, salva a reputação do segundo melhor jogador do planeta. Sim porque com o empate a seleção portuguesa ficaria em situação desconfortável com pouquíssimas chances de classificação para as oitavas de final. E como o Cristiano Ronaldo acabara de perder o chamado goal feito, num lance parecido com o do Diego Souza contra o Corinthians, este fato seria sempre recordado pela torcida, como acontece com o vascaíno.

O pai de Artur Miani, um menino de apenas 6 (seis) anos de idade, nascido no interior de São Paulo, tem uma surpresa que não saiu de caixinha, e chegou pela internet, via email.

O pai do menino recebeu um telegrama do Barcelona, clube catalão, informando que Artur foi provado nos dois testes a que se submeteu e tem vaga garantida na escolinha do clube, que já formou jogadores do porte de Messi, Xavi e Iniesta, para citar apenas três estrelas que brilham no futebol mundial.

Assim o menino viaja em setembro e se incorpora ao grupo que irá  participar das categorias de base do clube que criou escola nos dois sentidos: no físico, com gramados e prédios, e no figurado, com estilo de jogo elegante, de muito controle de bola e passes perfeitos.

Na quinta-feira, dia 14, o Vasco inaugurou, em Niterói, mais uma loja “Gigante da Colina”, na rua Presidente Backer, e na sexta-feira dia 15, uma outra no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.

É a fase boa que vive o time na competição nacional, onde ostenta e liderança, e também as boas campanhas nas competições que disputou nestes últimos anos, depois que deixou a segunda divisão.