Por
Jorge Carrano
(www.cavernaweb.com)
Publicado em "Sombras na Sala", em 2001.
Nenhum homem
Nenhum homem vive o bastante
para saber tudo
Nenhum homem sabe o bastante
para viver mais
Nenhum homem fala mais do que
o mundo
Nenhum homem é mudo demais
Nenhuma sabedoria sabe demais
Nenhum homem é sábio o
bastante
Nunca a vida é longa demais
Nenhum homem é mais que um
instante
Alguns conhecem mais
Alguns ignoram sua ignorância
Alguns matam e morrem
Mas alguns morrem demais
O título do post é "Poema I", porque se seguirão o II e o III.
ResponderExcluirNeste, gosto muito do verso: "Nenhum homem sabe o bastante para viver mais".
Senhores poetas, profissionais ou amadores, enviem suas colaborações poéticas.
Caso contrário a série continuará com obras de meu filho e vai parecer coisa de pai coruja ou nepotismo explícito.
Qualquer comentário será considerado "corujice" de minha parte. Por isso aprecio em silêncio.
ResponderExcluirPra mim o verso áureo é:
ResponderExcluir"Nenhum homem fala mais do que o mudo" - contraponto perfeito. Eu particularmente aprecio antinomias.
Parabéns ao poeta.