18 de março de 2012

Reflexões dominicais

Ontem foi aniversário da Wanda. Completou ... anos. Tá louco? Achou que iria revelar.

Bem, aqui em casa estiveram os filhos, noras e netos. A neta, que já está com 15 anos, obviamente não é mais (em tempo integral) criancinha. Mas o neto, Ah! Quanta diferença (como na propaganda do shampu da Bozano).

Por causa dele lembrei da página de humor do Claudio Paiva, na Revista O Globo. Cenário: um casal conversando; ele sentado lendo jornal e ela perguntando se ele não iria se arrumar para irem a casa de um fulano amigo. Ele resmunga que não quer ir. Ela indaga porque. Ele responde que lá (na casa do tal amigo) tem “aquelas coisas pequenininhas”. Ela diz, “mas aquelas coisas pequenininhas são apenas crianças”. Ele arremata: “pois é, quando crescerem me avisa”.

Meu neto é um encanto, inteligente, amoroso, vascaíno, bonito, mas é muuuitooooo criança ainda. Trabalha com pilhas alcalinas que nunca terminam. 

Falar em Vasco, desde há muito não via um time do Vasco tão comprometido com resultado como este atual. Acho que as presenças de Felipe e Juninho, que antes de serem jogadores são torcedores do clube, influi bastante no comportamento dos demais.
Já notaram quando estão no banco, de saída ou substituídos? Comportam-se como torcedores apaixonados. Isso é muito importante, o amor (verdadeiro) à camisa.

Já que estou falando de futebol (afinal é domingo), causou espanto a alguém a opinião do Edmundo (ex-jogador ), de que no elenco atual do Vasco o jogador de quem ele mais gosta é Diego Souza? Futebol parecido (quando o Diego está “on”, não quando está “off”) e temperamento também.


Estava escrevendo sobre o Mercado São Pedro (mercado de peixe de Niterói), quando ainda funcionava ali na Visconde de Rio Branco, nas proximidades do cine Éden (claro que no lado oposto). Subitamente flagrei-me rindo, porque passou pela minha cabeça o esdrúxulo pensamento, quase uma heresia, de comparar seu estilo, sua arquitetura, com a Ponte Vecchio, em Firenze.

Olhando de lado, associei uma a outra, embora a ponte florentina seja sobre o Rio Arno e a ponte do Mercado São Pedro não leve a lugar algum, sendo apenas uma espécie de cais que avançava pelo mar alguns metros.

Mas observem. Na Ponte Velha, atualmente, são vendidas jóias e traquitanas diversas, em boxes de um lado e outro. No Mercado havia boxes, de um lado e outro.



Ao fundo de cada Box (ou barraca, ou banca) há uma pequena janela, nas duas construções (observem de lado).

No mercado, pela pequena janela, eram devolvidas ao mar as vísceras, cabeças, escamas,  guelras e tudo mais não aproveitável, para nós, porque para os outros habitantes do mar eram um ótimo suprimento de alimentos.

Leio muito que a internet afastou os amigos, que já não se promovem encontros reais, com beijinhos e abraços. E que vício tornaram-se estas tralhas tipo iPhone, iPads e correlatos , ditos “tablets”. A pessoa está com você, fisicamente, conversando, mas com o olho no iPhone sobre a mesa, diante de si, para não perder nada do que está contecendo no mundo virtual.

Mas por outro lado, não fora esta interligação instantânea de máquinas ao redor do mundo, e a Elizabeth Ré de Paiva, com quem trabalhei na Fiat Lux, jamais teria me localizado depois de tantos anos; eu não teria “achado” a Esther Bittencourt e o Ricardo dos Anjos, que trilharam caminhos muito distantes do meu, profissional e geograficamente (vivi muito tempo em São Paulo).

Temos conversado aqui neste blog, minha irmã (Ana Maria) em Teresópolis; Carlos March em Friburgo; Ricardo dos Anjos em Nova Petrópolis (RS); Esther em Caxambu, Ricardo Carrano (primo) na Carolina do Norte.

Viva a internet, que me propicia visitar museus e bibliotecas sem que tenha que gastar meu rico dinheirinho (dólares ou euros), ouvir canções que aprecio sem ter que comprar o CD que por vezes, no conjunto da obra, não valeria a pena.

Um bom domingo para todos. O que estão sempre aqui e também para os que estão de passagem. A menos que ai onde você está agora ainda não seja domingo, ou já não é mais.

7 comentários:

  1. Caros, bom dia a todos !
    Minha preocupação é com o vício da internet. Já até escrevi um post intitulado "O iPhone e o vaso sanitário".
    Meu irmão outro dia me descreveu uma cena na sala da sua casa : 4 pessoas em frente à TV num domingo, cada uma com seu laptop no colo, ninguém olhando pra TV nem conversando !!!
    Nesse momento aqui, eu estou teclando, um dos meus filhos também ao meu lado, e a Isa assim que sentar no sofá, com certeza vai abrir seu laptop. E o meu iPhone está na mesinha me olhando, se sentindo rejeitado ....
    Isso num domingão, com o calçadão nos esperando, um passeio no Campo de São Bento pra comer um pastel ou uma empada (vcs conhecem os pastéis do Paulinho, naquela feirinha dentro da escola lá ?), minha moto gritando na garage pedindo pra dar um rolé, meus livros largados em cima da mesinha no quarto, e meus CDs empoeirados, pois agora só escuto música egoístamente pelos earphones do iPhone !
    Temos que realmente avaliar isso tudo, e fazer um esforço pra dosar essa maravilhosa tecnologia em nossas vidas .... hmmm, uma voltinha na Estrada Fróes ! Terminando com um chopinho em São Francisco ....
    Bom domingo procês ! futebol, nem pensar em conversar.

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  2. Ih !! Sorry !
    Parabéns à Wanda, atrasado ! Bj no coração !!
    Riva52

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  3. Agradeço, Paulo, e transmitirei a Wanda seus cumprimentos.
    Bom domingo para você e Isa.

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  4. Se sua esposa (que não tenho o prazer de conhecer)ainda não quer que seja revelada sua idade, é porque está na faixa dos.... aos....(rs)
    Depois desta idade as mulheres passam a revelar para poderem ouvir "nem parece, parece muito mais jovem."
    Parabéns para ela. Tudo de bom, inclusive marido(rs).
    Bom domingo.

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  5. Carrano, transmita meus parabéns à Wanda, que não conheço pessoalmente mas que volta e meia aparece (em palavras ou fotos) nos posts ou comentários. Acaba sendo, de certa maneira, conhecida. (rs rs)
    Abraços
    Carlos

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  6. Sobre o mercado parecer a ponte (que ainda não conheço) fiquei chocado! No entanto, procede a comparação. Até me ajuda a postergar uma ida a Florença (rs rs).

    Sobre a Internet paradoxalmente afastar e aproximar pessoas, eu concordo. Por exemplo: faz tempo que a gente não se vê, mas duvido que a gente conversasse 1/10 do que fazemos não fosse o mundo virtual.
    E ainda tem o Skype e similares, superiores ao videofone dos Jetsons pela vantagem da portabilidade.

    Em contrapartida a febre de estar permanentemente conectado, todo mundo de iPhone, iPod, iEtc ligado, na mesa, na sala, no banheiro, está dominando a maioria das pessoas.

    A transformação nos hábitos sociais não têm previsão confiável, não há estudos anteriores para servir de base...
    Abraços
    Carlos

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  7. Prezado Carlos,
    Estou transmitindo a Wanda seus parabéns, obrigado em nome dela.
    Quanto a Florença, pelo amor de Deus não deixe de visitar a cidade por causa de minha absurda comparação. Foi uma associação de ideias absolutamente ridícula.
    Florença é um must.
    Abraço

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