Uma das características marcantes dos portugueses, é que eles são absolutamente literais, interpretando as coisas ao pé da letra.
E alguns caipiras também; ou se fazem de bobos para tirar um sarro. Alguém poderá dizer que com relação aos portugueses poderá dar-se o mesmo, ou seja, fazem-se de tontos para gozarem com nossa cara.
Mas não, estou seguro que vindo dos portugueses é traço cultural mesmo.Além de piadas clássicas, há caso concreto, que presenciei e contarei depois.
Entre as piadas, seleciono, para ilustrar como são curiosos nossos irmãos de além-mar, as duas seguintes:
Discutiam um português e um brasileiro sobre atributos indispensáveis nas mulheres. Pergunta o brasileiro, “você gosta de muito peito?” Responde o português, “não, dois são suficientes”.
Provavelmente este mesmo português, em outra piada, indagado se era a favor do sexo antes do casamento, respondeu: “sou a favor desde que não atrase a cerimônia”.
A história real que prometi narrar, deu-se na cidade do Porto. Íamos sair em direção a Lisboa, e o motorista de nosso ônibus, para aproveitar a mão de direção, resolveu entrar numa rua estreita bem próxima ao nosso hotel. Como não conhecia bem, pelo sim, pelo não, resolveu parar na direção de um patrício que estava sentado num degrau, a fim de que o guia brasileiro que nos acompanhava pudesse se certificar sobre o trajeto. O motorista abriu a porta e o guia perguntou - esta rua tem saída? Ao que o patrício responde que sim.
Foram em frente e nada demonstrava ser possível sair daquela viela. Até que não restou dúvida que se tratava de uma vila sem saída para qualquer lugar trafegável. Com certo cuidado e perícia, o motorista deu ré e voltamos bem uns 50 metros, já que não havia como manobrar o ônibus. Ao passar pelo português informante, que continuava sentado no degrau de entrada de sua casa, o guia, pela janela, questionou - não disseste que a rua tinha saída? E o cidadão, com a mesma serenidade com que afirmará que havia como sair, respondeu: - pois, e não estás a sair?
É verdade que ele não afirmou que seria possível sair do outro lado.
Já o nosso caipira, também muito literal, estava vendendo um burro. Um sitiante pergunta quanto ele queria pelo burro e o caipira responde que pretendia R$ 1.200,00. O interessado comentou que R$ 1.200,00 não dava, e ofereceu R$ 800,00, no pau*.
O caipira respondeu que só vendia o burro inteiro.* Para os americanos que me lêem, explico que pagar “no pau” corresponderia a pagar cash.
Carrano, lendo sobre o português e os peitos, lembrei-me de uma do Juca Chaves, nosso estimado menestrel: a mulher ideal teria as nádegas na frente e um peito só às costas. Exclamaram que isso seria ridículo. Ele argumentou: pode ser estranho, mas para dançar seria maravilhoso!
ResponderExcluirhahahahaha! Não conhecia esta do Juca.
ResponderExcluirValeu!
Abraço