6 de fevereiro de 2011

157 versões


Meus fiéis leitores devem lembrar, pois faz pouco tempo, que contei um velho hábito, do tempo da fita cassete e dos primórdios do CD, de gravar duas versões de uma mesma canção, para ouvi-las na sequência.

Pois bem, nem sempre eu possuía muitas versões de um mesmo tema musical e a Internet e o Youtube eram, ainda, no Brasil, ficção científica. Hoje, além de informações, temos até áudio. As coisas estão facilitadas, mesmo não pirateando, pagando devidamente o valor do download os preços são acessíveis.

Da mesma forma que muitos ainda sustentam que o contato físico com o livro impresso em papel é fundamental, também privilegio o contato com o álbum ou CD originais.

Mas isto é outra história. O Kindle veio para ficar e meus netos são adeptos da ferramenta de leitura, como são dos MPs.

Volto ao ponto da dificuldade de conseguir mais de uma versão para uma mesma música, principalmente porque não misturava registros vocais com instrumentais. E quando instrumentais, dava preferência às gravações com o mesmo instrumento, para possibilitar a comparação.

Pois não é que a Stella Cavalcanti, em comentário no Primeira Fonte (www.primeirafonte.blogspot.com), deu conta de que Amado Marido, dela Stella, tem 157 versões de “My Funny Valentine”?!

A Stella é colaboradora do Jornal e, para minha alegria, leitora de meus posts lá publicados.

Nem me imagino podendo ouvir 157 diferentes interpretações de uma canção. Por vezes com duas já fico numa enorme dúvida. Já citei o exemplo de “Rainy Nigth in Georgia”, cujas interpretações de Ray Charles e Brook Benton me deixam hesitante quanto a mais emocional e emocionante.

O Brook Benton parece absolutamente chapado, incapaz de se manter de pé. Ótima gravação, encontrável no LP “Atlantic Rhithm and Blues”, Volume 6, que pega o período de 1947 até 1974.

Ou, ainda, num álbum/CD intitulado "Brook Benton 20 Greatest Hits”
Já que mencionei o Primeira Fonte, aproveito para comentar que a Vera Guimarães sugeriu que eu ouvisse a Catherine Russel, disponibilizando um link, e gostei bastante.

Ela não está na lista de minhas divas, mas quem sabe? Preciso ouvir mais e mais.

Nota do autor: entrei no website da Catherine e ouvi algumas faixas de seus álbuns. Em "Cat", gostei do blues "Back O Town Blues". Pena que, a meu juízo, o acompanhamento não seja bom. Faltou, também, talvez, uma gaitinha de boca.

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