22 de dezembro de 2010

Foi precipitação de amador

Em 26 de novembro, de forma açodada, arvorei-me em indicar os melhores filmes do ano. Estrepei-me, porque bastaram alguns dias e foi anunciada a entrada no circuito dos filmes “José&Pilar” e “Você vai conhecer o Homem de seu Sonhos”.

Diante deste fato e antes mesmo de assisti-los, apressei-me em incluí-los na lista dos melhores, no post de 10 de dezembro.

E, de novo, queimei os dedos. Fui assistir “A Rede Social”, com roteiro baseado em fatos reais, ou seja, o processso de criação do Facebook, maior rede de relacionamentos, que já conta 500 milhões de usuários.

A versão cinematográfica parece não ter agradado muito ao Mark Zuckerberg, personagem central, idealizador do website, que é retratado como ambicioso e sem escrúpulos.

O filme oferece algumas dificuldades, pelo ritmo e pela linguagem, ininteligível para os não iniciados.

Logo na primeira sequência, numa conversa de bar, Mark, o personagem central, e sua namorada Erica, estão falando de forma quase cifrada. Numa incrível velocidade, mudam de assunto, retornam ao tema e vão variando, mantendo, entretanto,um elo entre eles.

Os letreiros se sucedem de forma rápida, no rítmo das falas das personagens.

Ainda bem que passada esta sequencia, que ocorre antes mesmo da entrada dos créditos de elenco e equipe técnica, o ritmo arrefece um pouco e fica mais fácil acompanhar a história, exceto quanto a alternância das cenas das audiências judiciais, referentes aos dois processos enfrentados pelo Mark. Um movido pelo sócio brasileiro, de nome Eduardo Saverin (associei a Severino, para poder lembrar), passado para trás, e outro ajuizado por colegas de Havard, de quem teria “roubado” a idéia.

Se não se presta muita atenção, é fácil misturar os processos e não se saber a qual deles se refere a sequência de debates.

Em razão do acima exposto, a atenção fica concentrada todo o tempo, mas não chega a provocar dor de cabeça.

O Eduardo, com baixíssimo investimento, financiou o projeto (simples idéia) do Mark.

Os resultados falam por si. Os números são todos mega.

Mark, na vida real, foi eleito o Homem do Ano pela revista Time.

Tornou-se bilionário aos 20 anos, com uma idéia, surrupiada ou não, segundo avaliação de cada qual.

O filme deve abiscoitar alguns Oscars.

Se dividirmos as cifras envolvidas por um número formado pelo algarismo 1, seguido de vários zeros, chegaremos a um fato, também real, ocorrido aqui pertinho. Em minha própria casa. Apostando numa idéia de meu filho Ricardo, que tinha como cúmplice sua então namorada Erika (hoje casados), investi R$ 4.000,00. Com a adesão do outro filho – Jorge – ao projeto, dando ao mesmo outra dimensão, já recebi de volta, a título de dividendos, várias vezes o que investi.

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