31 de maio de 2010

Verissimo

O Verissimo, LF, é tão brilhante quanto o pai Erico. Em estilos diferentes. Assim como a Fernanda Torres é tão boa atriz quanto a mãe, Fernanda Montenegro. Também com estilos interpretativos e escola distintos.

O Verissimo cronista, contista, articulista que ocupa as páginas do jornal O Globo, é uma das minhas leituras obrigatórias.

A par de escrever bem, com todos os predicados que lhe são atribuídos, como criatividade, humor, senso critico, frasista emérito, etc, ele tem um bom gosto admirável.

Seja em relação aos doces, principalmente os encontrados nas docerias parisienses, seja em relação ao jazz, seja em relação ao futebol, seja em relação as mulheres bonitas.

Quem antes dele tinha prestado atenção na Patrícia Poeta? Agora que ela está com grande visibilidade, apresentando o Fantástico, ficou mais fácil. Mas ele foi o primeiro a enaltecer a beldade.

Lembro sempre de um comentário dele, de alguns anos atrás, sobre a Vera Fisher (a dos áureos tempos). A Vera seria tão... - como direi sem ofender os mais pudicos - vá lá, atraente, que serviria como medição para definir a macheza dos homens. Segundo ele, o cara que encarasse a Vera sem bambear as pernas, sem tremer a ponto de seus joelhos ficarem batendo um no outro, poderia afirmar que era homem de verdade. É verdade. Ótima imagem. A Vera - esta do passado - era tão “cheguei”, que poderia dar tremedeira mesmo.

A Vera Fisher eu incluo no rol da Rose Di Primo, da Luma de Oliveira, da Kate Lyra, da Rose Rondelli, assim como a Alcione Mazzeo, mulheres que, no passado recente, mexiam com a cabeça e outras partes da anatomia dos homens; e outras não menos atraentes, vistosas, mulherões mais jovens, cuja listagem me abstenho de mencionar para não cometer injustiças traído pela memória.

Voltando ao meu personagem de hoje, o Veríssimo, lembro de um ensinamento dele, relacionado à Paris. Segundo o cronista, para conhecer Paris, a ponto de ficar sabendo os endereços das docerias melhores, o sujeito tem que fazer no mínimo 3 viagens àquela cidade.

Na primeira, evidentemente, é imperioso fazer o passeio de bateau mouche, ir ao Louvre, à Torre Eiffel, andar pela Champs-Élysées, partindo do Arco do Triunfo, e outros pontos mais ou menos badalados, como as igrejas Sacré Coeur, de Montmartre, e Notre Dame.

Só depois de esgotar as visitas a estes lugares, é que, andando a pé, você fica conhecendo os bons bistrôs, as boas padarias e bons cafés.

Só discordo do Veríssimo em relação à política. Neste particular fico mais próximo do João Ubaldo Ribeiro, seu vizinho dominical, nas páginas d’O Globo.

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