26 de novembro de 2009

Pais e filhos

Leio, estarrecido, que o Judiciário do Rio de Janeiro está lançando a campanha “ Favor não jogar seu filho no lixo. Dar em adoção é um sublime ato de amor”. Eu devo estar febril, alguma coisa que comi ontem não me fez bem ou bebi (vinho ou cerveja) além da minha conta. Dar um filho é um ato de amor? Eu diria que ato de verdadeiro amor é morrer (se necessário) por um filho. Ou doar, não o filho mas para um filho, um rim, uma córnea ou o que seja possível.
Pelos meus valores éticos, morais e afetivos, a relação entre pais e filhos há de ser sempre calcada no respeito e no amor. Não consigo aceitar qualquer coisa diferente.

Em razão disto, crimes como os cometidos por Suzane von Richthofen, que ajudou a matar seus pais, e de Alexandre Nardoni , que matou ou ajudou a matar sua filha, são imperdoáveis, não havendo para tais crimes outra pena senão a morte.

Diria mais, a morte sem sofrimento, rápida, nem seria a mais adequada. Recentemente circulou na internet a notícia de que o Nardoni havia sido assassinado na prisão a golpes de pedradas. A notícia - tenho ímpetos de dizer - infelizmente era falsa.

Tal pensamento, que reconheço desumano, remete-me a Henrique VIII, que entendendo imperdoável a traição de seu chanceler, determinou que fosse designado um aprendiz como executor da sentença de morte por decapitação. Segundo registros históricos, o carrasco, muito nervoso, porque inexperiente, teria desferido vários golpes (ao que consta três) até conseguir cortar a cabeça de Thomas Cromwell.

Já ficou claro que sou inteiramente favorável a pena de morte. Acho que povo civilizado não pode prescindir deste tipo de expurgo. Dentro da lei que discipline. Mas isto, quem sabe, será objeto de um post futuro.

Um comentário:

  1. Sou contra a pena de morte, mas a favor da prisão perpétua.
    Sou também a favor de que o preso trabalhe de alguma maneira de modo a amortizar o gasto que a sociedade tem para mantê-lo encarcerado.

    Hoje, outubro de 2015, somos obrigados a testemunhar Suzane saindo do regime fechado, por conta de leis anacrônicas. Mas a moça é esperta. Já no ano passado recusou a progressão para regime semiaberto. E agora também, pretende manter residência no Presídio de Tremembé, numa ala mais nova e com poucas detentas.

    A chance de ser justiçada (executada) é grande e ela sabe disso...

    ResponderExcluir